“DESEJO”
Desejo de amor... Ave de rapina!
Fogo que arde e consome a alma
Regozija-se incauto
A razão pura e objetiva não lhe é acessório
Este é desmedido, sem métrica ou rima
É o que habita a alma, incerto por vezes desvairado
Em caminho sinuoso, de curvas e penhascos, tateia
Busca o corpo pelas mãos, lábios e sexo permea
É matéria quando em toques e líquidos
Abstrato quando em gemidos e sussurros
lascivo como vapor em névoa no inverno
Invade como seta almas e corpos sofreados
Pois mesmo quando frio é quente!
Ave de rapina, o desejo, arauto de Eros do Olimpo
São demônios e anjos em lida sem fim, é o desejo
Mas não qualquer um, do amor e do sexo sim é o desejo !
ave de rapina que busca a presa, as mãos
Desejo se companhia, só se amando !!
Desejo se pássaro, só se em voo livre
Desejo se desejo, libido sem freio!
Alma material...
O toque e o beijo
Gladyston Costa
|