A madrugada ainda sonolenta.
Alguns poucos solitários,
como eu, Caminham.
Em mais um dia de luta
As paisagens mudam lentamente.
A mais triste delas bem à minha frente.
Pobre Waldemar. Imortalizado por suas belas obras e pelo bronze.Triste e mudo.
Em um espaço tão belo e abandonado.
Palco de grandes folguedos.
Da feira do miriti
às quadrilhas juninas.
A música triste da clave de sol, ao ré maior.
Das sete notas musicais.
Da concha acústica.
Do nosso tacacá.
Oh! Waldemar.
Sei que é difícil este ar.
Um cheiro fétido.
Com um aperto no coração,
tão quanto você,
que me faz chorar.
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