Meu coração é frio, quase bate,
As velhas mansidões simples mentiras.
Esfarrapado cortes, lanças, tiras...
Nesses leilões das sortes, arremate...
Nos matadouros sujos, seu abate...
Num coração forjado, louco, atiras...
Acertos e teus erros, falsas miras...
Às vésperas solenes dum enfarte!
Meu coração, n’atlético pulsar;
Esquece bem depressa o que é amar...
Vadio, sente cios, devaneios...
Morada de tais farsas que me enganam,
Olhando corações que se profanam.
Não busca corações, somente seios!
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