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A Falsa Maturidade
ter ou ser
Humberto Alves Ramos

Resumo:
A passagem para a adolescência do jovem num momento de grandes transformações, como hoje, e super complicada, a Tendência Anti-Social, é resultante da compulsão do ter e sem perspectiva de um trabalho honesto pela situação atual, nada é mais fácil do que passar ao delito, pois em um minuto num assalto, em algumas horas se prostituindo, ou trabalhando para os traficantes, atuais ídolos dos jovens, ele ganha o suficiente para se tornar classe média.

A ilusão tomando conta do País, a população recebe um massacre diário dos meios de comunicação, através de propagandas enganosas inclusive do governo, instigando-nos a consumir. A denotação do ter sobrepondo o ser é cristalina, afiançada pelas instituições financeiras, uma economia puramente virtual dos investidores e dos banqueiros, onde o dinheiro não é de verdade, mas eletrônico e fica pulando de galho em galho, especulando sedentos de lucratividade.
O Brasil colhe hoje o que vem plantando desde a queda da ditadura. Um divisor de águas está muito cristalino para os brasileiros, é o governo Collor de Melo, que se autodenominou "caçador de marajás", combateria a inflação, a corrupção e defenderia os descamisados. Exibições de pilotar jato supersônico, jet ski etc., dão início ao processo do ter sobrepondo o ser, que exaltava uma suposta jovialidade, arrojo, combatividade e modernidade, a falsa maturidade. Todos expressos na notória frase "Tenho aquilo roxo".
A política corrupta e impune aliada aos meios de comunicações pouca confiáveis, transmitem as ações culturais de forma geométrica ao brasileiro enquanto que as entidades educacionais atuam de forma aritmética, ou seja, o Brasil está longe de resolver problemas sociais, tem sim é que resolver os culturais primeiro.
É lógico: acreditar que os outros sejam todos deficientes morais é o melhor jeito de afirmar que nós, ao contrário e em comparação, somos gigantes da moralidade. Contemplar o mundo como um vasto teatro de defeitos equivale a erigir um monumento à nossa suposta integridade, graças ao seguinte raciocínio implícito (capenga, mas gratificante): se pode constatar que todos os outros são corruptos, é porque somos os ÚNICOS limpos. De repente, confirmar nossa grandiosa unicidade se torna nossa ocupação principal. Com isso, é paralisada nossa capacidade de transformar o mundo. O lugar-comum sobre a corrupção generalizada não é uma armadilha para os corruptos: eles continuam iguais e livres, enquanto, fechados em casa, festejamos nossa esplendorosa retidão ("A Armadilha da Corrupção", de Contardo Calligaris).
Outro complicador que alimenta o ter é são as drogas, icluindo o álcool, o narcotráfico e o álcool são produtos de mídia em escala global, o consumo de drogas acarreta importantes conseqüências sociais: crime, violência, corrupção, marginalidade, entre outros.
Estas contaminações mostram a importância do meio ambiente na estruturação do adolescente. Várias dificuldades dos adolescentes como a procura de ajuda profissional, derivam do fracasso ambiental e este fato por si só enfatiza a importância vital do ambiente,( o meio familiar, a religião, a política, etc.), e o caso da grande maioria de adolescentes que de fato alcançam amadurecimento adulto.
Uma pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas em agosto de 2008 classifica como classe média as famílias com renda superior a R$ 1.064 (correspondente a 52% da população) vem gerando polêmica no Brasil. Muitas famílias cuja renda chega ao dobro do valor estipulado pela pesquisa se vêem como pobres e rejeitam ser chamados de classe média. A crise financeira mundial que se descortina na nossa frente com manchetes intimidadoras em todos os noticiários tem uma causa muito simples: A falta de liquidez no mercado. Traduzindo em miúdos, falta de dinheiro, ou seja, o sonho de ter acabou.
A passagem para a adolescência do jovem num momento de grandes transformações, como hoje e super complicada, a Tendência Anti-Social, é resultante da compulsão do ter, e sem perspectiva de um trabalho honesto pela situação atual, nada é mais fácil do que passar ao delito, pois em um minuto num assalto, em algumas horas se prostituindo, ou trabalhando para os traficantes, atuais ídolos dos jovens, ele ganha o suficiente para se tornar classe média.
Vejamos uma situação que poderia ser o início de uma nova cultura para o jovem, “por unanimidade, o Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que é constitucional o pagamento de valor inferior ao salário mínimo para os jovens que prestam serviço militar obrigatório. A decisão foi tomada no julgamento do Recurso Extraordinário (RE) 570177, interposto por um recruta contra a União – caso em que foi reconhecida a ocorrência de repercussão geral. O recurso negado na sessão desta quarta-feira alegava que o pagamento de valor inferior ao mínimo violava o disposto nos artigos 1º, incisos III e IV; 5º, caput; e 7º, incisos IV e VII, da Constituição Brasileira. Os ministros acompanharam o voto do relator, Ricardo Lewandowski, que considerou que praças que prestam serviço militar inicial obrigatório não tinham, como não têm o direito a remuneração, pelo menos equivalente, ao salário mínimo em vigor, afigurando-se juridicamente inviável classificá-los, por extensão, como trabalhadores na acepção que o inciso IV do artigo 7º da Carta Magna empresta ao conceito”, santa palhaçada.
Como mudar, as forças armadas, desde a sua origem participam da construção do Brasil, o jovem ao iniciar o ensino fundamental se tornaria uma fonte de recursos humanos que seriam altamente qualificados, treinados, motivados e bem equipados que é o fundamento da capacitação de qualquer Força Armada, refletindo o desejo da própria sociedade. As Forças Armadas são, portanto, o elemento final para a preservação dos interesses vitais de uma nação, o jovem militar não poderia exercer qualquer outra atividade profissional, o que o tornaria dependente de seus vencimentos, historicamente reduzidos, bastaria melhorá-los, O exercício militar exigiria uma rigorosa e diferenciada formação. Ao longo de sua adolescência, o jovem mesmo não seguindo a carreira militar, passaria por um sistema de educação continuada, que lhe permitiria adquirir as capacitações específicas dos diversos níveis de exercício da profissão militar ou na sociedade e realizaria reciclagens periódicas para fins de atualização e manutenção dos padrões de desempenho, à especialização de técnicos (nas três Forças Armadas e também para a sociedade) em áreas como: planejamento; engenharia nuclear; informática; medicina; hidrografia e inúmeras outras que o País necessitasse, observando sempre a aptidão de cada estudante.
Se partirmos deste pensamento hoje e atuarmos, em 20 ou 30 anos nossa cultura será alterada, a sociedade como um todo estará forte. O Brasil não precisará de tantas “bolsas” que não passam de um engodo social.
Humberto Alves Ramos, Economista


Biografia:
Humberto Alves Ramos, economista
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