Tu nunca, em pétalas literárias,
Falaste de teu amor por mim.
Eu desconhecia marítimos panoramas
Que hoje, sob a luz mortiça de um tocheiro,
Os li morto de amor.
És netúnida e a vocativa-maestrina
Do turbilhão que se apossa do meu corpo.
Se de tua nau me fizeres o Arrais,
Como em pegomancia profetizaste,
Hei de tornar procelosas
As águas de nosso oceano,
Quando em deleite aportar
Em teu colo o meu amor de maremoto.
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