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EU DE MIM MESMO
Quem não Ser que sou? Eu de si em mim: silas
silas C. Leite

Resumo:
Leia e Ria

Eu de Mim Mesmo (Um Poeta Passado a Limpo Ainda é Húmus)

não nasci no guarujá. não tenho nome bonito ou importante. não sou professor universitário. não consegui conciliar nada com a literatura. nunca publiquei em grande editora do eixo rio-sp. não resido no rio de janeiro. não me chamo joão ubaldo ribeiro. não escrevo pra faturar. não estou organizando meu ultimo livro. não sou graduado em letras ou jornalismo. não acredito que a poesia seja mais necessária do que o pão ou a cerveja preta. não fiz pedagogia ou artes. não colaboro em nenhum suplemento cultural importante de brasília. não estou presente em movimentos culturais da minha terra. não sou membro da academia brasileira de letras. não sou neomaldito por acaso. não trabalho como assessor cultural de algum aspone. meus pais não foram ligados ao cinema alternativo. não tenho tema preferido, aliás, um não-tema seria o ideal num poema dadaísta. não comecei a fazer teatro aos treze anos. nunca me especializei em literatura hispano-americana. não tenho crônicas publicadas em nenhum jornal de lisboa. não passei a minha primeira infância em campos do jordão. não canto a esperança, aliás, com minha ficção-angústia canto em versos os gritos das ruas, porque ainda restam as ruas para os fracos e oprimidos. não vejo poesia em tudo. não faço parte do grupo de poetas neoconcretistas de são paulo. não me interesso por ficção científica. não sou casado porque sou contra o casamento e acho que mulher deve casar e homem não. na minha estréia não recebi prêmio nenhum. o crítico josé neumanne pinto nunca disse nada importante a meu respeito. não sofri influência do castro alves. não me dedico à pecuária ou a exportação de pedras preciosas. não servi o exército porque tinha pé chato e piolhos no sovaco cor de mortadela de soja. não consto em nenhuma antologia de poetas lusonautas editada na frança. não gosto de arqueologia lunar. nunca tentei compreender a mulher na sua totalidade. não gosto de ostras. não tive limões mas fiz limonadas de lágrimas. não sou flamengo e nem tenho uma nega chamada risoleta. não aprendi alemão para ler filosofia. não sou virgem sou leão-dragão. não me responsabilizo pelo que escrevo. não deixarei impune o legado da minha visão da miséria humana. não sei exatamente o que aconteceu na semana de arte de 22. não sei dirigir e nem sei pescar ou trocar lâmpadas - minha musa-vítima é que troca tudo, até o courinho da torneira (espero que nunca me troque por uma bicicleta ou um abajur lilás). não sei o que vocês querem de mim. não tenho nenhuma verdade, aliás, tenho zilhões de perguntas. não fumo, não tomo coca cola e não sei nadar. não sei se o que tenho realmente me pertence. não escrevi isto que vocês estão lendo. silas corrêa leite – Site: www.itarare.com.br/silas.htm E-mail: poesilas@terra.com.br





Biografia:
O Poeta e Ficcionista premiado Silas Corrêa Leite tem 53 anos, é de 19/08/52, da histórica e boêmia aldeia de Itararé-São Paulo, Brasil, terra de celebridades artísticas nacionais como o Maestro Gaya, Luiz Solda, Rogéria Holtz, Irmãs Pagãs, Carlos Casagrande, Regina Tatit, Jorge Chuéri, Luiz Barco, verdadeiro celeiro de artistas, portanto. Em Itararé foi bóia-fria, engraxate, vendedor de dolés de groselha preta, garçom, vendedor de jornais. Família pobre, seu pai descendente de judeu-português era acendedor de lampiões de gás e sua mãe mestiça de negro com índio. Com 16 anos ele escrevia pros jornais de Itararé (hoje é autor do Hino ao Itarareense), tinha programa na Rádio Clube de Itararé e, nos shows pratas da casa, imitava ídolos da Jovem Guarda. Por causa de uma paixão impossível, sem lenço e sem documentos em 1970 com apenas a quarta-série do primário migrou para Sampa. Sem dinheiro no bolso/Sem parentes importantes/Vindo do interior, como na balada do Belchior. Morou em pensões e repúblicas, passou fome, voltou a estudar, fez Direito, ganhou ficha nos podres porões da ditadura militar incompetente e corrupta. Sempre escrevendo, começou a participar de concursos e a ser premiado em verso e prosa, até no exterior. Ganhou alguns prêmios, (Prêmio Ignácio Loyola Brandão de Contos, Prêmio Paulo Leminski de Contos, Prêmio Mário de Andrade de Poesia, Prêmio Mário Quintana de Crônicas, Prêmio Ficção Científica e Fantástico em Portugal, Prêmio Salão Nacional de Causos de Pescadores (USP-SP), Prêmio Lígia Fagundes Telles Para Professor Escritor, etc.) Consta em dezenas de antologias literárias em verso e prosa até internacionais. Lançou um e-book (livro virtual) chamado O RINOCERONTE DE CLARICE com 11 contos fantásticos, cada ficção com três finais cada, um final feliz, um final de tragédia e um politicamente que foi um sucesso no site www.hotbook.com.br/int01scl.htm e destaque na mídia, inclusive televisa (Metrópolis, TV Band., Rede 21, Provocações). A obra, pioneira, de vanguarda e única no gênero, foi indicada como leitura obrigatória na matéria Linguagem Virtual, no Mestrado de Ciência da Linguagem da Universidade do Sul de Santa Catarina. Faz palestras e congressos, adora mais estudar e ler do que de existir (fez também Geografia, é especialista em Educação, fez várias extensões inclusive em Filosofia Para Crianças, Literatura na Comunicação, Direitos Humanos na USP, etc.) colabora atualmente com mais de 300 sites, inclusive no exterior e em países de língua espanhola. Tem três livros: Trilhas & Iluminuras, Poemas, 2000, Porta-Lapsos, Poemas 2005, e em 2006 lançará Os Picaretas do Brasil Real (Série Cantigas do Escárnio e Maldizer), estando com um livro de ficções premiadas para ser avaliado pela Travessa dos Editores de Curitiba-Pr. Antimilitarista, pela não violência, acredita na arte como libertação, como Manuel Bandeira. É considerado um humanista de resultados, sendo professor, jornalista comunitário e relator de uma ONG de Direitos Sociais. Seu site é: www.itarare.com.br;/silas.htm Sua poesia de apresentação é: Ser poeta é a minha maneira De chorar escondido Nessa existência estrangeira Que me tenho havido E-mail para contatos: poesilas@terra.com.br
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