A alma lamuria a solidão
Do amor passado a limpo
No calor da hora...
E agora nesta noite fria de sertão
Onde a friagem a pino
Endurece as veias do coração
E o sangue da saudade o congela
Sem gratidão.
Paralisada pela frialdade,
Alma desatinada vacila
Ao sabor do vento
E a cada sopro petrifica-se...
Em cachoeira, prantos
Tentam desenhar seu rosto,
Porém o que sai rascunho
Carregado de desgosto.
02 de julho de 2008, 23h30min.
Robério Pereira Barreto
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