O Sparky Linux é um sistema operacional feito na Polônia. Seu uso é livre, gratuito e de código aberto. O Sparky trabalha com 32 e 64 bits. Ao entrar no site da distro optei pela imagem ISO Minimal Gui para 32 bits pois tenho um note desta arquitetura e baixou 1.3 GB. Coloquei a imagem no meu Ventoy e subiu o modo live onde escolhi a linguagem em More Languages e o sistema subiu.
O Minimal Gui vem com o Openbox por padrão e rapidamente adaptei-me ao sistema. O menu aberto é um janelão e o ideal é trabalhar clicando com o lado direito do mouse na Área de Trabalho para ter acesso mais fácil e prático a todo o sistema pela barra que aparece. Parti para a instalação e ele pede uma senha para abrir o instalador. A senha é a palavra live. Surge o Calamares e a instalação levou entre 15 a 20 minutos com algumas pausas nos 77% e tudo ocorreu muito bem. É importante conectar-se antes de abrir o instalador pois ele pede isto.
Olhando o menu que é um janelão fui pegando sintonia com o sistema e sua loja de aplicativos é muito completa e por lá pode-se fazer atualização no sistema, há diversas ferramentas para finalidades diversas como limpeza e etc. Eu faço tudo por Terminal e uso o nala ao invés do apt e já dei um nala update, instalei o firewall (gufw) e subi o serviço, fiz um nala upgrade e deixei trabalhar. Já fui estudando o Gerenciador de Arquivos, é o PCManFM, coloquei o que precisava lá e após a atualização só reiniciei. Voltei ao Terminal e dei um nala autoremove && sudo nala clean para limpar o cache.
Bom, o foco agora foi instalar algumas coisas que não vinham no sistema. Instalei via nala o cheese, o abiword, o parole, o bpytop, entrei no Firefox e ajustei ao meu modo o navegador. Tudo normal e beleza. Interessante que no Openbox o ideal é criar pastas e arquivos direto no Gerenciador de Arquivos pois a Área de Trabalho deixa oculto o que nela cria. Sem problemas! A personalização da barra de tarefas foi fácil pois há um Gerenciador de Painel no menu do sistema. Os papéis de paredes são bem lindos e há Gerenciador do Openbox para isto ou similar.
O Openbox mostrou-se bem prático para trabalho e pontualmente foi bem desenvolvido pela equipe do Sparky Linux nesta versão 7.1. Tendo atenção ao que faz, é fácil de personalizar, evite sair clicando sem saber, estude os botões, bem fácil. Baseado em Debian, eu cresci os olhos na praticidade que o sistema ofertou e após abrir o Terminal e entrar no bpytop ele mostrou entre 1.6 e 1.7 GB de consumo já estando logado no YouTube e com o editor de texto aberto (Mousepad). Ele vem também com o qpdfview para leitor de PDF. A suíte de escritório não veio ficando para instalar depois e nem tocador de música ou vídeo. Ele vem com o Pulse Audio para som. Usando a combinação Fn+F8 é possível diminuir o brilho da tela no meu note. Há um gerenciador no menu com esta finalidade. Faltou um ícone gráfico no sistema 32 bits do Firewall. No resto, ele vem com tudo que um sistema precisa como gerenciador de impressão, redes e etc.
O sistema é bem sólido, fácil de usar, não consome RAM e no meu computador já conectado na Internet subiu com 725 MB para 64 bits. No 32 bits ele subiu com menos de 500 MB. A barra de tarefas é limpa tendo o essencial. Caso o(a) usuário(a) não seja exigente, deseja algo leve, o Openbox do Sparky Linux é uma solução muito viável. Eu sou bem chato com usabilidade e consumo de RAM e o Sparky Linux resolve neste momento a minha necessidade para uso do note de forma bem modesta.
Agora eu preciso dar uma nota ao sistema. Analisando prós e contras eu dou 9.8 ao Sparky Linux com Openbox. Acho que o janelão (menu) poderia ser trabalhado tendo ícones com tamanhos idênticos, há certos recursos na barra de menu (usando o botão direito do mouse na Área de Trabalho) que poderiam ser desativados, alguns programas mais básicos como um parole ou um cheese já poderiam estar no sistema vindo de fábrica. O tamanho da imagem ISO poderia ser um pouco mais enxuta para 64 bits (1.5 GB) e até 32 bits (1.3 GB). Há outras distros com XFCE que atendem esta média entre 1.3 e 1.7 GB.
O site do Sparky Linux é bem interessante tendo opções para Debian estável e instável. Há os modelos GUI e Cli (quem deseja construir tudo do zero sem a interface gráfica) podendo o(a) usuário(a) baixar novas interfaces na loja de aplicativos do sistema. Há também a implantação de versão rolling ou semi-rolling que achei muito legal. Sparky Linux tenderá a uma vida longa no mundo Linux pela oferta de opções. A distro dá atenção para 32 e 64 bits. É a distro que parece um canivete suíço onde o que você não acha em outras pode encontrar lá. Sparky é um Debian muito bem feito e com Openbox ficou nota 10 necessitando de ajustes visuais. Sua loja de aplicativos bem desenhada é outro diferencial.
Há uma forte tendência para distros Linux trabalhando com modelo rolling e minimalista deixando para quem usa aquilo que deseja instalar. O Sparky já sai na frente com esta tendência ao ofertar algo simples e prático com Openbox sem deixar de atender o exigente público de sistemas mais robustos e já pronto para uso. Um(a) usuário(a) que chega ao mundo Linux pode usar o Sparky Linux tranquilamente e neste sentido incluo ao nível MX Linux e LMDE 6 que são muito fáceis para uso. É isto. Abraços.
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