Escura neblina ao redor dos véus brancos
Preparada para a vida, mas a morte logo ao lado
Disfarçada sob os delírios da fumaça, ilusórios anjos
Ao pouco se desvai o olhar, como um mau colírio.
Cega, pisa no terreno raso, e se afunda
No que antes era a sua solidez, tumba.
Inala a neblina, a alma escurece e o que antes era luz, não permanece
Cai preguiçosa e sem forças para continuar.
Deitada com a cara no gelo, sem ar, sem prestar
Atenção!
Uma voz chama.
Batem à porta...
Unagi, Matheus
28.03.2018
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