Seu Zé Pilintra.
O rapaz morava na Usina bem distante da casa da namorada, nessa época os meios de transporte era bastante precário pior do que temos hoje. Às vezes ele voltava de lá muito tarde e sofria com a condução.
A rua deserta, mal iluminada o perigo era constante, entretanto, sempre andou protegido pelo Povo de rua. Dizia ele.
Passava da meia-noite e neca de ônibus e para piorar a situação houve um apagão geral no bairro.
Temeroso resolveu caminhar e procurar outro jeito de voltar para casa. Passou pela encruza viu um cotoco vela aceso. Salvou as entidades e pediu licença então ouviu em alto e bom som. 'BOA NOITE! MOÇO eu te acompanho" virou se e não viu ninguém.
Caminhou cerca de trinta minutos na escuridão, até encontrar o ponto final de uma linha de ônibus que lhe servia.
Nesse trajeto passou por um beco onde estavam três bandidos, queimado fumo e armados, praticando diversos tipos de crime, todavia não tinha mais como retroceder. Pensou. Preciso de tua ajuda, meu camarada, na hora sentiu se envolvido por uma áurea vermelha feita de fogo e banca tal qual a neve. Ao passar por eles, foi cumprimentado com reverência e respeito e sem que nada lhe acontecesse.
Instante a frente ouviu a conversas deles. Um falou para outro:
_ Tu viu Fumaça? O cara tava com tudo em cima. Tremi meu camarada!
_ Fumaça lhe respondeu. _ Porra, então não vi!
_ Neguinho só falo pra tu porque somos mano, mas sujei a merda do short todinho.
_ E o Galego cade o safado? Perguntou Neguinho.
_ Fumaça diz _ Pulou pro matagal pra salvar a pele dele. Deve ta todo machucado o filho da p....
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"Malandro se na minha cara der.
Pode fazer testamento e se despedir da mulher.
Se tiver filho deixa uma recordação. Cara que mamãe beijou vagabundo nenhum põe a mão."
Autor: Jonas Vasconcelos.
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