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Poetas em orgia
Flora Fernweh

A inspiração no mundo escrito é individual, partindo da internalidade subjetiva e pensante de um ser que foi feito para sentir e tanger a vida com as palavras.
Em um toque íntimo de quem busca o prazer inenarrável, apenas versificado.
Um pôr do sol, uma xícara, uma árvore esquecida, a multidão multicor… tudo é elemento que faz as ideias borbulharem e os sentimentos emergirem do mar das emoções.
As sensações do plano em que o toque e a pele são permitidos, aguçam a introspecção criativa, que se deleita com a sensibilidade advinda de brechas quentes da alma.
Mas o gozo poético é coletivo, porque o poeta tem o dom de abrigar muitos seres dentro de si. Sua escrita não lhe pertence, mas sim àqueles que precisam tanto lê-la.
O poeta nunca está sozinho, ele não pode ser um só. O poeta é a difusa obsessão, as incertezas do ser, ele é tudo e o nada a um só tempo, feito memórias em fragmento.
Cada partícula de fragilidade esconde um eu-lírico diferente, que ilustra as mais enraizadas ambiguidades que o poeta guarda consigo, manifestando-as conforme seu estado de espírito, resultado do indescritível orgasmo de ser o que não se pode.
Em cama, leito de paz, a escrita se desenrola enquanto conheço os eus mais pervertidos de mim, formando-se e desfazendo-se em ressonante desvario e baixo desvelo. Ao eco do desejo.
Não mais que ensejo para um beijo que me acrescenta a fagulha acesa rumo ao ápice da poesia, em sons que abafam as rimas, e em ritmo fora do padrão métrico, sintético, sexo.
Sem nexo, tudo é o regozijo profundo, em fenda pública e geral, lançada aos quatro ventos.
Em desesperada excitação que se mantém flamejante, no clímax eterno do deslumbramento e na irresistível sedução de poesia bacanal.


Biografia:
Sobre minha pessoa, pouco sei, mas posso dizer que sou aquela que na vida anda só, que faz da escrita sua amante, que desvenda as veredas mais profundas do deserto que nela existe, que transborda suas paixões do modo mais feroz, que nunca está em lugar algum, mas que jamais deixará de ser um mistério a ser desvendado pelas ventanias. 
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