Login
Editora
|
|
Texto selecionado
Espeleologia da alma |
Flora Fernweh |
Adentrando pela escuridão da entranha
ouço sussurros dos recônditos tristes
em ecos longínquos de voz estranha
na memória de que a caverna existe
Intocada gruta de abismo essencial
inacessível ao intrépido desbravador
Imanência de meu tesouro ancestral
que venero tal qual o sol ama o ardor
Pontiagudo silêncio das estalactites
pendendo sobre a majestosa caverna
cujo horizonte não vislumbrou limite
da treva maior na realidade externa
Fugirei apenas desacompanhada
de um corpo soturno, úmido e frio
rumo aos céus de uma alvorada
em feliz vento de advento juvenil
Saudosa vida, lembranças deixei
Espírito altivo que no âmago vive
em sua última melodia, descansei
e despertei radiante em ânima livre
|
Biografia: Sobre minha pessoa, pouco sei, mas posso dizer que sou aquela que na vida anda só, que faz da escrita sua amante, que desvenda as veredas mais profundas do deserto que nela existe, que transborda suas paixões do modo mais feroz, que nunca está em lugar algum, mas que jamais deixará de ser um mistério a ser desvendado pelas ventanias. |
Número de vezes que este texto foi lido: 59461 |
Outros títulos do mesmo autor
Publicações de número 1 até 10 de um total de 410.
|
|
|
Textos mais lidos
|