Soneto modernista: culta contradição |
Flora Fernweh |
Pintou-se a revolução em feroz melodia
nos palcos que ecoaram a voz do artista
cuja vanguarda de inspiração foge à vista
diante de tão loquaz e inovadora ousadia
Liberdade que inaugura o fulgor do dia
após trevas de uma arte academicista
e escuridão da mesmice parnasianista
Vibremos ao som da digna antropofagia
Na pintura, o clássico jaz deselegante
Teatro, música e literatura moderna
saúdam Tarsila, Mário e Di Cavalcanti
A semana de 22 não foi pura baderna
Efeméride de independência militante
Seus gritos ressoam em chama eterna
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Biografia: Sobre minha pessoa, pouco sei, mas posso dizer que sou aquela que na vida anda só, que faz da escrita sua amante, que desvenda as veredas mais profundas do deserto que nela existe, que transborda suas paixões do modo mais feroz, que nunca está em lugar algum, mas que jamais deixará de ser um mistério a ser desvendado pelas ventanias. |
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