O que sobrou daquele amor sem fim?
A saudade no peito, conchas e cartas
uma vã e bem guardada ternura farta
nos silêncios dissolvidos sem um sim
Restos, sobras, sombras, cobras
um quieto, sombrio sobrado calmo
longe de mim, a mais de um palmo
em lenta decomposição das horas
Minha boca ferve à sua lembrança
em dura busca por ternos beijos
Não foge de mim uma esperança
Minha pele lembra o eterno enlace
Já corroído pelo desespero cruel
de jamais voltar a tocar a sua face
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Biografia: Sobre minha pessoa, pouco sei, mas posso dizer que sou aquela que na vida anda só, que faz da escrita sua amante, que desvenda as veredas mais profundas do deserto que nela existe, que transborda suas paixões do modo mais feroz, que nunca está em lugar algum, mas que jamais deixará de ser um mistério a ser desvendado pelas ventanias. |