Fina chuva |
Flora Fernweh |
Calma lágrima nua presenteada pelo céu
molhando as ruas sem encharcar o dia
enevoado e pálido, rega a doce poesia
despenca em prantos no franzino véu
Melancolia em tinta fria colore o pincel
em horizonte nublado, a flor que sorria
acinzenta a tela de ingênua ousadia
do sol escondido no canto do papel
Brumas se arrastam pelo fim da tarde
em difusa névoa dançam pensamentos
inundados pela imaginação que arde
Água no solo fertilizou o abatimento
no vigor do som intocado sem alarde
foscos pingos caem para meu alento
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Biografia: Sobre minha pessoa, pouco sei, mas posso dizer que sou aquela que na vida anda só, que faz da escrita sua amante, que desvenda as veredas mais profundas do deserto que nela existe, que transborda suas paixões do modo mais feroz, que nunca está em lugar algum, mas que jamais deixará de ser um mistério a ser desvendado pelas ventanias. |
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