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🔴 A sacrossanta urna eletrônica
Rafael da Silva Claro

Desde que começaram a utilizar as urnas eletrônicas, observadores de vários países democráticos vieram testemunhar a novidade. Impossível não recordar como era rudimentar a cédula, que permitia rasuras e pequenas fraudes. Mais que isso, como na porta de banheiro de restaurante de beira de estrada, as cédulas de papel permitiam que se escrevessem bobagens ou que se votassem em quaisquer figuras. Animais eram eleitos, e políticos manifestamente xingados.

Comparado o voto em papel com a urna eletrônica, dava até um certo orgulho. Quando vinham observadores estrangeiros, como do Japão, eu tinha a impressão de que havíamos, enfim, ingressado no Primeiro Mundo. Nada mais enganoso. Há 26 anos, países muito mais desenvolvidos não adotaram nossa incrível maquininha. Excetuando-se Butão e Bangladesh, a tecnologia está a serviço do que parece democracia. Como o Imposto de Renda, a apuração funciona que é uma beleza!

Este ano, as comitivas internacionais estão..., digamos, observando nossas eleições. Fora balançar a cabeça afirmativamente e falar (em Português) “Bom, muito bom”, os turistas internacionais comerão, durmirão e conhecerão as maravilhas do Brasil “na faixa”.

A atriz Maria Flor exaltou as urnas eletrônicas de maneira, diferentemente da santificação habitual, sexual. A abordagem é inédita e muito estranha. Tão estranha e surpreendente, que a exaltação das urnas por Maria Flor merece um dedicado estudo neurológico ou a catalogação como uma, até então, nova modalidade de parafilia. A abordagem erótica, embora aparentemente seja o apogeu da democracia, assusta.

A votação em cédulas está para a urna eletrônica, como o batedor de carteira está para o “hacker”. Aquele é a fraude no varejo, este é a fraude no atacado.

O sistema eleitoral poucas vezes levantou tantas suspeitas. Repito: dava até um certo orgulho. Contudo, o desespero dos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), a resistência e as providencias para não aumentar a transparência das urnas sim, despertou a desconfiança.

Na escola onde eu estudava, o sistema de escrutínio do Líder de Classe era muito rudimentar, embora mais confiável.


Biografia:
Ensino secundário completo. Trabalhei em várias empresas, fora da literatura. Tenho um blog, onde publico meus textos: “Gazeta Explosiva” Blogger
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