Produtos de marqueteiro, sempre que surgem denúncias o governo finge atitudes com programas plastificados que vão morrendo até caírem no esquecimento e acenos que não passam de perfumaria.
Foi assim, quando o filho mais novo do Lula foi acusado de agressões: para o silêncio não ser absoluto, o presidente vestiu um pé de meia da pintora Frida Kahlo. Ostentar a peça de roupa não resolveu nada, mas agradou as feministas, forneceu material para a imprensa amiga e acalmou a militância.
A solução para florestas torrando: um paredão com um novo programa para fingir que vai resolver o problema. As medidas são sempre procurando “apagar a fogueira”, sinalizando uma preocupação, em vez de resolver o problema.
Alguns ministros são incompetentes, mas estão lá para abastecer o mundo com símbolos. O mais eloquente dos símbolos é Marina Silva: visualmente, ela “é” o sofrimento da floresta. Ela frequenta debates, simpósios e cúpulas mundiais nos quais, quando ela fala, estabelece-se um silêncio esperando que a brasileira, como um oráculo, revele os ditames ambientais para salvar o planeta.
O Zé Gotinha é um personagem eficiente por ocupar espaços fisicamente e atingindo um público de diferentes idades. Mesmo não sendo criação do departamento de marketing petista, eles encontraram um garoto-propaganda pronto para disfarçar a cortina de fumaça escondendo a epidemia de dengue.
A máquina de propaganda petista sempre reescreveu a História, mas ela inovou ao reescrever a Geografia. Lula descobriu com atraso algo que mereceu um anúncio.
Aristóteles afirmou, Eratóstenes provou, cosmonautas e astronautas viram, porém, agora Lula confirmou: “A terra é redonda”. A frase é histórica, entretanto, não é nada original. A frase, dita por Lula, é desonesta porque confirma uma nefasta tabelinha com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Objetivo: colocar o Brasil no centro do mapa-múndi.
A estratégia revela um ufanismo boboca, como qualquer ditador gosta. A atitude é cosmética, como são quase todos os programas deste governo federal: uma embalagem bonita, mas oca.
O petista Márcio Pochmann é o prestidigitador responsável pelo “número do planisfério”. Brilhante! Quem faz a mágica de transformar o Brasil no centro do mundo, de maneira nacionalista e “soviética”, consegue manipular números de inflação, PIB, índices, metas, estimativas...
Lula disse que se pudesse lançaria um decreto proibindo a mentira. Pronto. A piada é esta.
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