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DÉBITO CONGELADO
Débito congelado
Henrique Pompilio de Araujo

Resumo:
Quando a pessoa não procura crescer, se melhorar, acaba tendo sua vida estacionária.Foi o que aconteceu com este senhor.

DÉBITO CONGELADO

Precisamos ter muito cuidado em não entrar em débito estacionário. Assim, as pessoas sabem que possuem altos débitos e continuam se endividando cada vez mais. Um dia a coisa pode piorar.
André Luiz nos conta através do livro “Ação e Reação” um fato muito estranho. Uma pessoa com débitos de várias reencarnações.
Segundo ele, quando eles executavam suas tarefas de auxílio no Lar de Marina, foi chamado por um tarefeiro que dizia:
“Nossa irmã Poliana dá sinais de que a morte vem busca-la” Foi perguntado se a irmã estava revoltada e disseram que não, mas estava preocupada com o filho que se encontrava enfermo.
Então Silas disse que precisariam agira de alguma forma e sem demora. Para isto teriam que ir até a casa deles.
Então encontraram um casebre rural, pobre e triste, totalmente aberto e jazia estendida numa esteira, uma mulher enrolada em farrapos.
A poucos metros deles numa outra esteira, estava um anão paralítico em plena idiotice sob a vigilância da senhora deitada. Ela o olhava com desdita aflição
Aqui estão nossa irmã Poliana e o filho Sabino sob sua tutela. O caso teria que ser urgente para a senhora. Se ela morresse, o filho morreria também.
Os mensageiros fizeram uma vistoria no corpo de Poliana e constataram alarmante arritmia e as artérias calcificadas.
Os mensageiros fizeram uma vistoria e falaram: Os vasos do miocárdio ameaçam estourar a qualquer momento, para isto a angústia nela. A parada do coração pode ocorrer a qualquer instante.
Mas Poliana precisa de mais tempo, pois o filho precisa de cuidados. Estão na mesma prova e possuem débitos conjuntos, mas o filho está em pior situação.
Na casa não tinha nem mesmo comida para se alimentarem, muito menos nenhum remédio ou socorro médico.
A enferma precisa de medicação imediata e aquela hora da noite era impossível contar com algum encarnado. Assim a única maneira seria aplicar passe na glote da senhora.
Silas provocou uma grande sede na senhora a fim de ela se levantar e ir tomar água e assim ela fez. Nesta água ele havia colocado o remédio.
Assim os espíritos continuaram dando passes nela e fizeram com que ela dormisse um pouco para o remédio fazer efeito e ser recolhida em espírito para novos tratamentos.
Fora do corpo, Silas acomodou-a no tapete macio da relva e ambos os mentores começaram uma sessão de prece. Em pouco tempo Poliana se recuperou um pouco.
Ela se melhorou e retornou ao vaso físico, mas continuou dormindo para se refazer.
Os mensageiros pediram para analisar Sabino. Ele era uma máscara de um ser humano com apenas 90 cm de corpo com a cabeça grande, corpo disforme e com odores fétidos. Inspirava muita compaixão.
A fisionomia demonstrava configuração macacóide, expressando uma similitude a uma palhaço triste.
Parecia viver distante da realidade mergulhado em quadros estranhos. Como é que ele se via? Como fora na existência passada.
Era um homem exibido se mostrando em trajes palacianos, influenciando pessoas para consumação de crimes ocultos, afetando o povo em geral: viúvas, órfãos, trabalhadores humildes e escravos misérrimos desfilavam em suas recordações.
Palacetes aristocráticos e mesas fartas com comidas e bebidas e ao seu lado uma mulher que se revelaria Poliana. Todos estavam cercados de luxo, banhados a ouro, manchados com sangue.
Tinham compromissos um com o outro no terreno da crueldade. Ele revivia sempre o pretérito, vivendo uma situação mentirosa.
Nesta existência ele nasceu surdo mudo e mongoloide anão. Em sua mente figurava-se-lhe o nome de Barão S... Seu último título.
Foi perguntado então, por que tanto sangue em seu caminho e ele respondeu: sangue e lágrimas sim. Todos os triunfadores fazem a mesma coisa. A vida é uma luta em campos opostos.
Existem aqueles que conquistam e os que são conquistados. Não guardo vocação de perder, sou um nobre. Que importa a aflição dos pobres, fracos se a morte para eles significa descanso?
Ele não aprendeu a lição e quando estava liberto do corpo, parecia viver novamente toda aquela fama e riqueza. Era sempre orgulhoso e violento.
Mas o que aconteceu com ele? Silas respondeu: Ele tem o débito congelado. Assim em cada existência terrena, ele fazia pior e já vai para mil anos nesta situação. Em todo este tempo ele vem sucumbindo, é orgulhoso e violento e se acha no auge do crime.
Além do mais, provocou calamidades diversas, mortes, homicídios, rebeliões, extorsões, calúnias, falências, suicídios e obsessões.
Vive nesta terra vagando, ora encarnado, ora desencarnado e nunca se preocupou em sanar os seus débitos.
Poliana sempre segue os seus passos. É uma comparsa dele em suas maldades e está com ele em múltiplas jornadas. Na última existência cometeu o suicídio indireto no vício.
Agora ela veio como enfermeira materna. Ela sempre foi para ele a boneca do prazer delituoso, mas ela agora começou a acordar para a realidade da vida.
Sabino estava se fechando cada vez mais, quase se tornando um ovoide. Ele só pensa em si mesmo, Poliana é seu satélite, pois também pensa quase igual.
Por isso ele esta desta maneira. E as coisas não vão se melhorar por enquanto, visto que eles não mudam o pensamento.
Enquanto o homem não reconhecer os seus crimes e como pagá-los, sofrerá todas as consequências possíveis. Isto seve para muitos de nós. Quais as origens do nosso sofrimento? Quando é que vamos sanar todos os nossos débitos?
Muita gente vive reclamando por aí. Nós percebemos que são pessoas que possuem tudo para crescer, para evoluir, mas ficam patinando. Ambos nasceram totalmente normais com dois braços, dois olhos, duas pernas e tudo funcionando mais ou menos.
Mas basta uma simples dor de cabeça para a pessoa fugir do trabalho e aí as coisas se complicam mais. Precisamos ter cuidado para não termos nossos débitos congelados. Que Deus nos abençoe!


Biografia:
Henrique Pompilio de Araújo, nascido em Campo Mourão PR e radicado em Cuiabá MT. Começou a escrever desde cedo. Professor aposentado, bacharel em Direito e Teologia. Trabalhou em diversas escolas em Cuiabá e alguns jornais do Estado. Publicou sua primeira obra em 1977: Secos & Molhados - Poemas. Ultimamente publicou outros livros: "Flores do Além" Poemas, "Contos da Espiritualidade" - Contos, "Nas curvas da vida" Memórias, "Cinquenta contos" Contos. Há muitas obras ainda esperando edição.
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