Para tempos sombrios |
Flora Fernweh |
Fragmentos do pó a esperança
encerra pálida na doída obediência
alumiando incerta a andança
que insiste em desfazer-se de tal doença
Se vão os tempos de são otimismo
em que a firme ilusão se aquecia
no vislumbre do ensimesmado destino
vestido de sonhos, cujos males esquecia
Brilha já distante a estrada de outrora
da livre expressão, casta e ingênua
Tarda o amanhã, que o enigma demora
É dura a dita causa, dura dita de meu pesar
não há ternuras que descrevam a tortura
de se esconder, esquecer e não contrariar
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Biografia: Sobre minha pessoa, pouco sei, mas posso dizer que sou aquela que na vida anda só, que faz da escrita sua amante, que desvenda as veredas mais profundas do deserto que nela existe, que transborda suas paixões do modo mais feroz, que nunca está em lugar algum, mas que jamais deixará de ser um mistério a ser desvendado pelas ventanias. |
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