Como o Sol,
você é inatingível.
Além do lençol,
nosso amor é impossível.
Os raios solares
refletem nos mares,
mas nunca se tocam
muito menos se chocam...
Nós até podemos pensar
sem querer naquele tempo lembrar,
mas é só na imaginação
A entrega à essa bizarra paixão.
Aquela paixão que, mesmo com tantas brigas,
pelas lembranças na nossa mente, o Sol brilha...
Aquela paixão que, mesmo com tanto desrespeito,
pelas lembranças boas, a admiração e o afeto ressoam no peito.
Naquele tempo, muito calor se trocou,
muita mágoa se mobilizou,
muito aprendizado se possibilitou
e muito amor se compartilhou.
Mas agora que o Sol se põe ao horizonte,
esse amor menos brilhante e estonteante
está se renunciando no final da tarde
Para que a noite enluarada chegue num alarde...
Eu não queria, mas a poesia me pede
Para que a ela sem julgar confesse
que como o Sol que renasce noutro dia,
no meu peito, bem raramente, a saudade suspira.
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