Quando nos sentimos abandonados, mal-amados, parece que muros se erguem constantemente à nossa frente. Muralhas instransponíveis que nos jogam num mar de choro e dor. Nesse instante tudo acaba e deixamos de olhar o horizontes de possibilidades que se descortina à nossa frente...
*Choro, choro sim.
Choro por você que diz:
- Estou aqui.
E estás.
Bem longe, longe de mim.
Do lado de lá do muro
que construístes.
Do lado de lá do meu mundo.
Passageiro foi teu amor,
eterna a minha dor.*
Não carrego em meu seio
todos os amores mortos.
Não sou um cemitério.
Não sou um lugar comum.
O amor e a paixão,
não morreram,
mas vivem em mim.
É simples:
Somos marcados pelo tempo
e o tempo passou ligeiro.
Como o pai e a mãe
que dão alento ao filho
que hoje é uma criança
e amanhã é um homem
a se mover sobre a Terra,
assim passa o tempo.
E deixa marcas
de vida e de morte.
Depende como você viveu...
Maria
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