Numa terra longínqua
e feita de milagres,
onde a noite é dia
e a vida é uma peça de teatro,
uma arte, onde o outro lado da história
se faz de momentos engraçados,
de luminosas ruas,
chapéus,
e quem sabe véus,
desfazem-se tristezas,
momentos de perca
e dívidas de ontem.
Se esse lugar existe,
lá vive o rei,
que abandonou seu reinado,
do qual foi dono sem saber,
sem se importar.
Sem o descobrir,
abandonou-o,
como se deixa
uma folha ao vento.
Sobram aqui carências
para se guardar em amargas
e boas lembranças de armário...
Maria
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