Por muitos anos convivi com pessoas que morriam em vida. A dor é surda. O silêncio é castigo. Tudo é sofrimento. Até o amor. Hoje, depois de passar por momentos difíceis em minha vida eu me pergunto: Quem cuida de olhar com mais atenção para essas pessoas? Onde elas estão? Não estariam perto, dentro de nós?
Pouco resta de luz
dentro de mim.
Escondida na penumbra
dos cantos escuros
do meu coração
perco-me insofrida
em momentos
de pura aflição.
Morro lentamente
e comigo
morrem
alguns sentimentos.
Sem perdão,
sem amor,
avanço
no silêncio sepulcral
que me domina
e deito-me
na tumba dos iníquos.
É a morte dentro da vida.
A história se fez.
Era uma vez...
Maria
|