Qual beija-flor na primavera
Saboreia a vida da flor
Osculei sua boca
E trago comigo seu sabor...
Entre as muralhas da separação
Há em mim um pouco de ti
Porque insone fecho os olhos
E a tenho no fundo da memória.
Agora, restam-me as horas
Que nos separam do crepúsculo
Nevoento à brilhante e cheirosa aurora.
Boca e olhos fechados degustam
Nossos últimos momentos,
Quando entre medo e volúpia
Éramos apenas almas juntas.
27 de abril de 2008, 10h55
Robério Pereira Barreto
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