Login
E-mail
Senha
|Esqueceu a senha?|

  Editora


www.komedi.com.br
tel.:(19)3234.4864
 
  Texto selecionado
O fim da dor de uma dor sem fim
Flora Fernweh

Tudo o que eu mais quero é conseguir explicar o que restou daquela chama ardente, com palavras tão gélidas quanto o vazio que me preenche
Revolvi esse assunto pendente no coração que a mim é desconhecido, como quem em vão procura as cinzas de uma ilusão eterna que desvanece aos poucos
Busco a serenidade de uma fogueira pela manhã, depois que as noites dos quintais sem desencantos foram por ela iluminados
Hoje quero sentir a intensidade da fuga de tudo o que é intenso e tenso, e a dor pacífica de um dia comum
Já não quero me perder nas brechas do que poderia ter sido e não foi
só quero a paz que corrói os agraciados pela monotonia da solitude
e descarregar o coração sofrido de toda angústia em regurgitações febris mas passageiras
de toda palavra contida e sopro recluso nos vestígios da poeira que insiste em sujar
os dias e as estações em que vejo a silhueta do pranto no semblante alegre
já é tempo de deixar ir e deixar-se ir em aventuras sem o esforço da sobrecarga
que atravessa a dimensão do corpo e se abriga na alma de quem não é completo a si
já é hora de esquecer que o tempo se perde, pois é em seu norte que desembocam as lembranças
e nos mares do sul se afogam as esperanças que o fim afugentou das boas terras
que seguem férteis sem temer o destino que a bússola da vida aponta
que cantam um amanhã sem dores, sem apegos e sem moléstias incontroláveis
que abrigam o saudoso retrato breve do inexplicável em segundos de eternidade
e que despontam um arco-íris no fundo de toda lágrima luzidia em primeiros de amor.


Biografia:
Sobre minha pessoa, pouco sei, mas posso dizer que sou aquela que na vida anda só, que faz da escrita sua amante, que desvenda as veredas mais profundas do deserto que nela existe, que transborda suas paixões do modo mais feroz, que nunca está em lugar algum, mas que jamais deixará de ser um mistério a ser desvendado pelas ventanias. 
Número de vezes que este texto foi lido: 59452


Outros títulos do mesmo autor

Poesias Escrever não é meu hobby Flora Fernweh
Contos Tudo o que é denso não pode ser tão alto Flora Fernweh
Crônicas O medievo que nos habita Flora Fernweh
Crônicas O ser reflexivo Flora Fernweh
Crônicas Opiniões em titubeio Flora Fernweh
Crônicas Aos escritores, toda a minha afeição Flora Fernweh
Crônicas Não reguei minhas amizades Flora Fernweh
Crônicas Eventos incomuns Flora Fernweh
Resenhas Comentário sobre o livro O Amante - M. Duras Flora Fernweh
Resenhas Resenha do livro - A Biblioteca dos Sonhos Secretos Flora Fernweh

Páginas: Primeira Anterior Próxima Última

Publicações de número 21 até 30 de um total de 420.


escrita@komedi.com.br © 2025
 
  Textos mais lidos
441 anos de Sepetiba – Comemorar e lembrar para evoluir? - Bianca de Moura Wild 60274 Visitas
Naquela Rua - Graça Queiroz 60258 Visitas
"Caminantes" - CRISTIANE GRANDO 60252 Visitas
Jazz (ou Música e Tomates) - Sérgio Vale 60233 Visitas
Criação - valmir viana 60222 Visitas
Vida Amarrada II - Lenda Dupiniquim - J. Miguel 60221 Visitas
PÃO, CIRCO E AMOR - Lailton Araújo 60218 Visitas
RESENHAS JORNAL 2 - paulo ricardo azmbuja fogaça 60150 Visitas
O Desafio do Brincar na Atualidade - Daiane schmitt 60150 Visitas
Fazendo bolo - Ana Mello 60138 Visitas

Páginas: Primeira Anterior Próxima Última