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ESTOU GRÁVIDA E AGORA?
teresa armando elios da silva

Resumo:
Por que ainda há tantas adolescentes grávidas, sendo que elas tem acesso a todas as informações que necessitam para se prevenirem e escolherem o momento que decidirem se querem ou não serem mães?

Estou grávida e agora?
Esta interrogação feita carregada na ansiedade, na sensação de solidão, medo, angústia, comumente, provém da jovem que de repente se vê carregando um ser em seu ventre.
Por que o número de jovens que engravidam aumentam, sendo que as informações a esse respeito são inúmeras?
As etapas devem ser vividas sequencialmente e de acordo com a maturidade de cada um.
Quando etapas são puladas, ficam lacunas, não se sabe qual o momento que se está vivendo, se é criança, jovem ou adulta. Criança demais para certos comportamentos, como dormir fora de casa, viajar sem permissão, namorar,... Adulta, para não desrespeitar os mais velhos, não cumprir compromissos escolares,... e aí como fica a cabeça do ser humano? Suas reações?
Meninas são mais sensíveis, sonhadoras e extremamente observadoras em relação ao quadro familiar em que vivem.
São solidárias as mães que sofrem com os seus companheiros com problemas com drogas, alcoolismo, com a justiça, violências em todos os níveis, se sentem impotentes e no seu íntimo se vê buscando inúmeras saídas para tirar a mãe daquele contexto de dor.
Idealizam parceiro que seja igual o seu pai, cuidador, algum parente do sexo masculino, que tenha as qualidades que aprecia.
Não importa o contexto social em que esteja vivendo os anseios, desejos, sonhos são os mesmos, a juventude é o momento de descobertas, de buscas em todos os âmbitos.
Quando sente no coração uma atração por uma outra pessoa, o seu coração dispara, sente calores, ansiedades, emoções que não consegue entender, fica assustada, sente a necessidade de falar sobre o assunto e agora?
Pais, familiares, cuidadores sem tempo qualitativo para dedicar a essas jovens que estão sob a sua responsabilidade cuja obrigação é zelar pelo seu bem estar em todos os sentidos, deixam para depois para responder as perguntas que lhe são feitas, não observam sinais diferentes no comportamento da jovem, preferem falar com ela pelo celular, por mensagens, do que pessoalmente, cobram, gritam, mas não exemplificam com atitudes presenciais, impondo limites, mostrando a importância do erro-consequência não do erro-punição.
Reclamam da jovem para os amigos, na internet, nas reuniões familiares, não percebem que existem pedidos de socorro, de ajuda, nas entrelinhas, nos olhares tristes, assustados, que elas querem colo, são egoístas mudam de parceiros como quem trocam de roupas, para suprirem as suas necessidades.
Não se interessam pelos seus amigos, pelas suas aptidões, muitos até levam as jovens nos compromissos que por ventura ela tenha, nas baladas, na escola, mas deixam na porta e vão buscar, e aí?
Em uma simples reunião escolar na casa de um amigo, podem ocorrer abusos em todos os níveis, violências, bulling, rejeições, ingestão de bebidas alcóolicas, drogas, planos para algo ilícito como roubar. Esta jovem pode estar aflorando tendências que nem ela supunha ter, gostar do ambiente em que se encontra, por em prática o que está vivenciando ali.
Existe má companhia? Não, tendências se afinizam e aí os atos surgem.
Ninguém faz com você o que você não quer, exceto em casos de violência física ou abusos.
A jovem se vê envolvida em suas tendências e as vai vivenciando e se encaixando nos grupos com os quais se afiniza. A importância do grupo para o jovem em formação é fundamental, pois é aí que ele vai por em prática os valores morais, éticos e familiares que estão compondo o seu histórico de vida, que nortearão as suas escolhas e o momento certo para se envolver sexualmente.
Ela vai formando os seus conceitos familiares baseados no que vivenciou e está vivenciando até o momento, estes conceitos, relatos sentimentais, sexuais das amigas mais descoladas e mais as variadas informações que tem acesso vão definir as suas escolhas.
Como então vai saber o momento certo para se envolver, sexualmente, com uma outra pessoa?
Baseado em vários motivos: para se encaixar no grupo onde suas tendências foram afloradas e afinizadas, para afrontar algum familiar, pais ou cuidadores, para sair de casa por rebeldia ou para se “livrar” dos problemas que lá existem e que a sufocam, por estar sofrendo algum tipo de abuso de algum familiar, padastro, por medo de algo que não consegue entender ou simplesmente porque decidiu assim, experimentar o novo sem medir as consequências, deixar se levar pelo embalo do momento, pela atração apenas, por curiosidade ou por estar completamente apaixonada e tem medo de se negar e perder o ser amado.
De repente em meio a esses momentos aparece uma gravidez não planejada ou planejada para agradar a outra pessoa envolvida, se o relacionamento se encaminha para uma união sob o mesmo teto, sem estrutura financeira, psicológica ficam na dependência de terceiros, podendo assim, infelizmente, criarem filhos que podem copiarem os seus exemplos futuramente e também engravidarem na adolescência.
Se os parceiros não assumem a criança, esta fica a mercê da sorte, adoção, rejeição, criando traumas .
Enfim, gravidez planejada ou não em qualquer etapa da vida, classe social, requer preparo físico (corpo devidamente formado), condições psicológicas e financeiras.
Saber que a vida vai tomar outro rumo, haverão escolhas se terão ou não o bebê, ficarão ou não com ele, projetos quanto a estudos, trabalho poderão ficar para depois, amigos, baladas, embalos também, poderão sofrer preconceitos, críticas, acusadas de por mais uma boca para sustentar se o contexto social for precário, se for da classe alta poderão “estragar” a carreira planejada pelos pais.
Enfim, pais presentes, cumpridores dos seus papéis, formarão seres éticos e felizes.
Tenham tempo para seus filhos, porque senão alguém vai ter, podendo não ter volta, tendências poderão ser afloradas e canalizadas por caminhos não muito bons.


     



Biografia:
Sou assistente social e gestora do terceiro setor, trabalho com autoconhecimento direcionado a crianças, adolescentes e suas famílias.
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