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A EDUCAÇÃO TRADICIONAL VISTA POR OUTRO ÂNGULO (2)
SALETI HARTMANN

Resumo:
A impressão que se tem, é que estamos semeando vida humana com o objetivo puramente comercial e ideológico, sem a preocupação com os fundamentos éticos que jamais deveriam ser abandonados enquanto desejamos uma Civilização organizada e voltada para o verdadeiro progresso humano.

O fato de escrever na mídia eletrônica, traz muitas gratificações, como o retorno de opiniões sobre as idéias divulgadas ao público leitor.

E foi uma das opiniões recolhidas, que me fez voltar ao assunto da Educação Tradicional, vista por um ângulo mais ameno, por aquilo que ela plantou de essencial na mente e na História da Civilização que ora transita por este Planeta.

Quando me referi ao legado da Educação Tradicional, certamente, não citei (de propósito) os castigos e a disciplina muito rígidos que eram utilizados para manter as crianças e os jovens "quietos". Essa questão, deixo para as pessoas inteligentes buscar as próprias indagações e respostas no estudo do contexto mundial, que vigorava naquela época, sendo a grande preocupação despertar a responsabilidade e o caráter, porque a vida exigia muito mais do que atualmente, no que respeita a valores e princípios éticos.

Lembro-me de uma frase, mas não lembro do autor ou autora, porém vou deixar que esta frase ilustre as idéias que tentei repassar através do meu primeiro artigo sobre a Educação Tradicional. Eis a frase: "Se quiseres colher por uma vida inteira, semeie CARVALHOS; porém, se quiseres colher só por um ano, semeie EUCALIPTOS". Simplesmente, acredito que a Civilização atual escolheu plantar eucaliptos, porque crescem mais depressa, e têm menos duração do que os Carvalhos.Em síntese, esta frase transmite aos mais sábios, o espírito do nosso tempo: semear idéias em massa, colher os frutos muito depressa, sem preocupação com a qualidade ou com a duração do produto final.

Se antigamente, as crianças e os jovens tinham de manter silêncio absoluto em sala de aula, para melhor absorver o conhecimento, o mundo contemporâneo apresenta um contexto que somente é bom para quem realmente pensa que a Vida Humana não tem valor nenhum: o aluno de hoje vem para a escola, entra na sala de aula, sem espírito de curiosidade, mas sim com o comportamento de quem vai para um piquenique ou um simples passeio por um lugar onde faz o que quer e deixa de fazer "o que não gosta".

Professores que se prepararam uma vida inteira para serem Mestres e Aprendizes com seus alunos, sentem uma grande frustração, porque são obrigados a se adaptarem a um contexto pobre culturalmente, sabendo que não estamos no caminho certo, se deixarmos totalmente de plantar "CARVALHOS"; quem entende realmente de educação, sabe que a inteligência precisa ser burilada, lapidada, que deve ter tempo para o amadurecimento, e que os frutos, colhidos com muita pressa, não possuem sabor, não possuem a graça da satisfação.

Estou falando da Vida Humana. Podemos até escolher plantar "eucaliptos", mas eles também precisam de água, cuidados e de uma destinação nobre, (o que não está acontecendo atualmente).

A impressão que se tem, é que estamos semeando vida humana com o objetivo puramente comercial e ideológico, sem a preocupação com os fundamentos éticos que jamais deveriam ser abandonados enquanto desejamos uma Civilização organizada e voltada para o verdadeiro progresso humano.

Que tal voltarmos a semear "CARVALHOS" nas nossas escolas?



Biografia:
Saleti Hartmann nasceu em 28/07/1958 em Cândido Godói-RS, e já na adolescência começou a escrever. De lá para cá tem 8 livros publicados, divulgando suas poesias, crônicas e artigos, que falam sobre a Paz, Educação, e um mundo sem drogas e violência. Tem 59 anos. Solteira. Acredita na Civilização do Amor. Participa de Antologias poéticas em várias regiões do país, tendo recebido prêmios em alguns concursos literários. Saleti é Professora, Pedagoga e Psicopedagoga, além de Poetisa. Ama a leitura, a natureza, música e pessoas sensíveis à fraternidade humana.
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