Um poema sem vergonha
cabido
chega ao apagar das luzes
Não aceita despedida
quer percorrer
meus dedos, poros, boca
Arranca a camisola da fantasia
debruça-se sobre a página da melancolia
desbotada
pela preguiça dessa criatividade
escondida na própria teimosia
Escancara meus verbos
só para sentir a força
desse verso tão desconexo
roto em significado
saído das entranhas do mundo
Não explica a razão da invasão
mas senta-se a luz de vela
e vela minha preocupação
Ambiguidade
há na cara desavergonhada
da empáfia e da descabida conexão
Meia noite
apagam-se as luzes
o verso tira o sono
o papel clama ressurreição
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Biografia: JANIA SOUZA, potiguar da cidade de Natal, bancária da Caixa, economista, contadora, ativista cultural, poeta, escritora, artista plástica. Sócia Fundadora da Sociedade dos Poetas Vivos e Afins do RN (SPVA/RN), onde exerceu os cargos de Coordenação Geral; Direção Executiva; Direção de Eventos; atualmente integra o Conselho Fiscal. Organizou as edições da ANTOLOGIA LITERÁRIA da SPVA/RN, volumes 01, 02, 04 e 05, encontra-se a organizar o vol. 06. Participação em várias coletâneas nacionais, inclusive na Komedi e na Nau Literária. Pacifista e voluntária no Projeto Fraldinha, que promove a construção de uma consciência cidadã em crianças a partir dos 04 anos até jovens com mais de 20 através da prática do esporte futebol, xadrez e palestras. Sócia da UBE/RNA; AJEB/RN; Clube dos Escritores de Piracicaba. Afirma que a arma da vida é a leitura. Contato: www.janiasouzaspvarncultural.blogspot.com |