Achei que áquela altura não saberia o que falar.E o sonho de me casar já era. Tentei me reunir aos meus amigos, mas achei tão frívola a conversa , não era mais minha realidade. Dos 30 dias de férias, com 15 ja estava voltando ao Xingú. La sim eu me sentia bem, livre, livre de toda miséria da infância, livre dos problemas de adolescente livre das cobranças que existem em nossa sociedade. Ali no Xingú eu era necessária, amada e feliz.
Assim que voltei, fui para aldeia deo Jarina, tambem da etnia Caiapó, onde havia um surto de malária. Era um aldeiamento pequeno, mas a mesma alegria, e amizade. Um casal de idosos logo me adotou me deram nome em sua língua, e cuidavam de mim. Comecei a tratar os cachorros d aldeia, e foi até engraçado, todos os sábados as crianças e até os mais idosos traziam seus bichinhos para fazer curativo, tomar remédio. Era muito gostoso. Gnahei uma macaca aranha que dei o nome de Chiquinha. Uma graça. Eu dormia na farmacinha, que ficava um pouco mais afastado da aldeia e uma noite acordei com os gritos da chiquinha. Peguei a lanterna e iluminei a porta, e la estava um indio, alto forte com os cabelos compridos todo pintado de genipapo.Me assustei e comecei a gritar. Puiu, o chefe do posto veio com a espingarda na mão, mas o intruso ja havia corrido. Juntou-se mais alguns indios e seguiram os rastros mas nada acharam
No dia seguinte me disseram que o indio era de uma tribo ainda não contatada e que as vezes vinham para bisbilhotar, mas não eram agressivos. Sei que ate hoje eles ainda vivem isolados no parque. Um dia me chamaram na aldeia que havia um bebe passando mal. Era um recen nascido que eu nunca tinha vista. Estava bem mal ai pedi para alguns homes irem de canoa na fazenda vizinha pedir o avião emprestado ao fazendeiro para retirar a criança ate Brasilia. E eles foram. Quando estavam voltando deu alguma pane no mono motor e caiu. Foi como num filme de terror tudo o que aconnteceu a partir dai. Ninguem morreu, mas os tres indios e o piloto se feriram, e vieram sangrando ate a farmacia. Agora alem de tirar a criança ainda teria que tirar o piloto e mais um que estava pior. La foram novamente de canoa ate a fazenda. Ja era de noite quando outro avião chegou para nos socorrer. Fomos ate a fazenda onde o piloto desceu e seguimos viajem para Brasilia. Estava escuro e para ajudar a gasolina estava acabando. Tivemos que descer num campo de soja. Foi um susto enorme e o bebe acabou morrendo. Nunca esquecerei.
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