Manhã do Amanhã
Levanto da minha cama
ainda vestida de pijama,
afasto as cortinas e abro a janela
permitindo o ar e a luz entrarem por ela.
Sinto o ar frio congelar meu rosto
E rapidamente cada célula do meu corpo.
Escuto os pássaros que de manhã
decidem cantar como se não existisse o amanhã.
Gostaria de ser como eles livres assim...
Pássaros, carros e nuvens voam sem fim
despertando inveja em quem os observa imóvel na janela
Com o limite da imagem que aparece para ela.
Ao observar mais atentamente o céu, me impressiono
com a fluidez e leveza das nuvens pelo abandono
da constância de permanecer no mesmo lugar
porque elas não parar de andar, andar e andar...
Do escuro ao claro.
Do intacto ao passo.
Do quente ao frio.
Da nascente ao rio.
Até que, diante da minha pausa, o Sol aparece
para o meu coração imóvel que se aquece
em poucos segundos numa manhã qualquer
Em que a esperança voa para onde bem quiser...
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