longe,
muito longe
algures,
próximo ao céu,
ao infinito,
à sombra
frondosa da tristeza,
sepulta a ave
as asas suas.
num mister de trapo
e espectro errante,
como verme de sepulcro,
vaga a desgraçada,
por entre as lápides
a prantear,
sem saber na verdade
que é:
uma morta,
que viva está..
|