ENCONTRAR-SE |
Flora Fernweh |
Sonhou que havia aprendido a voar,
Correu triste pela areia das praias
nadou ofegante pelas águas do mar
deitou na sombra de um bosque de faias
espreitou sozinho as tempestades do mundo
refugiou-se na morte moída de cada noite
caiu com um baque no poço profundo
escapou das dores latentes do açoite
não soube voltar para a casa
construiu seu ninho na terra chovida
enquanto contemplou as feridas de sua asa,
traçou o rumo peregrino de sua vida.
|
Biografia: Sobre minha pessoa, pouco sei, mas posso dizer que sou aquela que na vida anda só, que faz da escrita sua amante, que desvenda as veredas mais profundas do deserto que nela existe, que transborda suas paixões do modo mais feroz, que nunca está em lugar algum, mas que jamais deixará de ser um mistério a ser desvendado pelas ventanias. |
Número de vezes que este texto foi lido: 59429 |
Outros títulos do mesmo autor
Publicações de número 11 até 20 de um total de 420.
|