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REFLETINDO THOMAS MERTON
O MONGE
Sérgio Gaiafi

Resumo:
Uma reflexão sobre o ser silente em sua clausura através das muitas leituras feita no Mosteiro Beneditino Nossa Senhora Do mundo Novo em campo do tenente - Paraná

ARTIGO: REFLETINDO THOMAS MERTON


Thomas Merton disse: “Através da minha Janela...”

Eu tento de certa maneira olhar diante da janela da minh’alma o tudo que encontra-se em minha volta de uma maneira lógica, na qual, eu não sei ao certo o que realmente representa em alguns momentos incertos ou lógicos. Porém, quando um ser humano ler o livro ‘ As Montanhas dos Sete Patamares’ do maravilhoso Thomas Merton, começa a tentar refletir sobre o acaso de acreditar em algo, que não se cita claramente a fonte, nem o porquê dessa existência, mas , a única forma de se confirmar ou de buscar uma confirmação é olhar através da janela da vida e sentir ou ver se ela corrobora num espírito de vivência em experiências das quais perpassamos linearmente.
Ele, o monge, diz:”..Quando tu desconfiares que algo tem profundidade e que têm algum valor, algo lido em algum livro, de preferência um clássico, torna-se interessante caminhar com isso pela vida."
No meu entender, o autor me transmite que devo olhar de maneira singela e corroborar com o belo na sabedoria em claustro para redescobrir os pedaços que jaz no infortúnio. Pois é através desse conhecimento de si próprio entre páginas que tudo começa a ser meu, nunca hão de apagar!
Memória na loucura insana, sana e profana sã, é base do alicerces porque o conhecimento se torna unicamente meu e, óbvio que os outros individualmente os possuem, pela magia da vivência numa ignorância a trabalhar-se no decorrer da vida.
As minha coisas não são sólidas. Eu tento construir uma solidificação em degraus e não consigo e tento por que existe uma solidificação no tempo e as minhas ideias não são minhas por inteiro. É nas montanhas que buscamos sempre uma alento, um puser do sol, um lunar para adormecermos e justamente o silêncio é o ponto central dessa montanha que não enxergamos, e sim, buscamos compreender na plenitude do ser vivo em memória. Eu não preciso abrir uma janela para fundamentar um conhecimento, eu sou o próprio conhecimento em mim mesmo, seja no tocante interior para um tocável exterior.
Não telho um olhar dogmático, nem ponho em mente o que não é prático em domínio dogmático, pois, tudo é inserto até o por vir do equilíbrio que não consigo.Então crenças prévias e dogmatismos não são-me o real sentido do eu existir num contexto de vivência, sendo assim, minha busca perdida em Thomas Merton é silenciar e não ouvir.
Eu nunca desejo induzir uma experiência d’alma em Cristo para não confundir o meu imaginário enquanto real. Não quero negar previamente para não sofrer e assim posso em uma montanha crer na vida em um vazio preenchido. Reitero que o vazio é contemplativo na vontade e não é uma verdade, nem uma verdade, e sim, um busca para induzir minha visão.
Com Thomas Merton não posso fazer pós-conceitos, preconceitos, apenas, mergulhar no seio de minha experiência e agradecer ao Cristo em um búdico ser.


Biografia:
Sérgio Gaiafi, nascido como Sérgio Rodrigo Gaiafi Maciel em 1966 na cidade de Campina Grande na Paraíba. Filho de Amadeu Maciel de Arruda e Nancy Gaiafi Maciel, na infância estudou no Instituto São Vicente de Paulo onde teve sua formação primária, depois, passou pelos educandários, Colégio Moderno 11 de Outubro, Colégio Santa Terezinha e, Colégio Estadual de 2º Grau Dr. Elpídio de Almeida mais conhecido como 'Gigantão da Prata' cursando sua formação colegial. Trabalhando na Paróquia do Santo Antônio, recebeu incentivo do Pe João Heldes Collin e ingressou na vida religiosa, e assim, teve então sua formação no Propedêutico em Fortaleza, Ceará pela instituição religiosa, Instituto Teológico Pastoral do Ceará, e consequentemente formação em Filosofia e Teologia na Faculdade Teológica Filadélfia e Escola Teológica Popular da Diocese de Campina Grande, onde tornou-se Agente Pastoral e, depois, pelo Instituto Judaico resolveu especializar-se em línguas semíticas tornando-se tradutor textual e Patrística e historicidade canonical pela Escola Mater Ecclesiae como apoio do Pe. Clemente Medeiros da Rocha que havia sido professor no Seminário São João Maria Vianney e também fez o arqueologia bíblica pela e Direito canônico pela Escuela Mater Ecllesie. Durante sua vida sempre nutriu o seu lado cultural pelas artes e literatura herdado pelos antepassados, tornar-se escritor pelo desejo e capacidade de observar em seus pensamentos uma dialética pragmática através da escrita dos poemas, sonetos, adágios, haicai e poesia aldravista. Na sua trajetória exemplos como Heráclito Maciel,, Mimosa Figueiroa e sua irmã Lúcia Maciel, serviram de exemplo e poetas como Carlos Drummond de Andrade, Florbela Espanca, Fernando Pessoa, Cora Coralina, Emily Elizabeth Dickinson, Matisuo Bashô, Clrice Lispector, Walt Whitman, Marianne Moore e outros grandes vultos serviram-os de inspiração complementar para seu discernimento poético literário.
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