Na obliquidade de seus olhos,
derreti a paz e me deleitei na desarmonia,
avistei a tragédia, lá no longe mais próximo,
na ânsia côncava de emergir de mim.
Transbordava um ego convulsivo,
perene na vida dos que se poetizam,
alçava voo sem um pêndulo a me ovacionar,
destruía minhas vísceras já mórbidas.
No hoje, já não me sinto em nada,
no sempre, nunca me senti em coisa alguma,
vago sem forças pelo chão que não existe,
e só saberei flutuar quando nada mais for possível.
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Biografia: Sobre minha pessoa, pouco sei, mas posso dizer que sou aquela que na vida anda só, que faz da escrita sua amante, que desvenda as veredas mais profundas do deserto que nela existe, que transborda suas paixões do modo mais feroz, que nunca está em lugar algum, mas que jamais deixará de ser um mistério a ser desvendado pelas ventanias. |