Toda a madrugada o gatinho miava,
pois sua mãe o deixava para ir à caça.
....Miava, miava, berrava de fome, de frio e de abandono.
Porém, a mãe gata não podia amamentá lo,
pois seu leite secou.
Trocava o leite pela caça. É, pela caça!
O gatinho não entendia nada, mas sua mãe não o descuidava.
Sua condição era por força da natureza.
A gata era lhes seca, por querer ensiná lo, desde cedo, a realidade mundana.
Queria ensinar o gatinho como ser forte mediante um olhar materno tão selvagem e obscuro.
Sem querer, a mãe gata o criava inseguro e acoado.
Ela não o entendia, mas, também, nunca o abandonou.
Até que um dia, quando jovem, o gato, se viu sozinho,
pois sua heroína, já cansada de tanto caçar, morrera, morrera de velhice.
Só restou lhe herdar o olhar da escuridão mundana de sua mãe,
o que lhe deixou apavorado.
Um belo dia, tentando arrumar o que comer, conheceu uma linda gata,
passando a despertá lo para um olhar mais otimista e fazendo o acreditar
em seu próprio poder de caça.
Desde então, o gato percebeu que o mundo não era tão selvagem assim
e que a natureza também criara coisas belas sendo que a mesma sempre cuidara de todos os seus.
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