O funcionalismo público é de longe a categoria com mais privilégios neste país, e em Brasília, nem se fala. Possuem a famigerada estabilidade, uma jornada de trabalho mais humanizada, na maioria das vezes, ingressam sem experiência alguma, o nível de salários em geral os diferencia, com toda a crise, sempre há um esforço em manter o já elevado endividamento com salários em dia, ressalvadas as exceções. O tratamento social também os coloca em outro patamar, basicamente é a categoria que detém o poder (direito à greve). Fato é que não se vê funcionários de padaria, supermercado, óticas, farmácias, lojas de departamentos, lojas de móveis e eletrônicos, shoppings, barbearias, lanchonetes, restaurantes e muitos outros fomentando greve, estes aqui, juntos formam o setor, que de fato, sustenta o país. Uma paralização geralmente é feita por servidores públicos, endossados por sindicatos tendenciosos e alheios às dificuldades do restante da população que sofre sem emprego, convivendo com baixos salários, sem perspectivas de melhoria social. Assim é comum uma categoria de servidores públicos, fechar os olhos, por exemplo, para a taxa de desemprego e cruzarem os braços a fim de exigir aumento salarial, abonos, cafunés. Conheço pessoas se se gabam de pertencerem ao sindicato do órgão em que deveriam trabalhar e ostentam que seu tempo é preenchido geralmente pela ausência no local de trabalho, viagens, congressos e outro sem número de eventos. Enfim, após vários anos estagnado num limbo econômico, nosso país, já na UTI, precisa urgente de reações, tratamento incisivos, muitos até doloridos, mas que possam, garantir que o paciente saia o quanto antes desse quadro vegetativo. As mais variadas reformas são necessárias sim e urgentes, pois, embora não pareça, os “Chicos” de hoje não serão suficientes para sustentar os “Franciscos” de amanhã.
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