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A abordagem
LUIZ CARLOS SOUZA SANTOS

A abordagem no serviço policial militar é de grande importância para prevenção de crimes, isso é fato. Rapidez, ação vigorosa, surpresa, unidade de comando e segurança são princípios intrínsecos a esse tipo de serviço.
          Não se pode fugir a esses princípios, no entanto algo de inusitado acontecera no último serviço de rádio patrulha na pequena cidade de Parazinho, no estado do Pará. Era uma segunda feira, e, já por volta das 23 horas a cidade de Parazinho, pacata como de costume, caminhava para mais um serviço tranquilo. De repente, a guarnição em rondas rotineiras, depara-se com um rapaz de traços lombrosianos: orelhas de abano, nariz adunco, queixo protuberante, maxilar largo, maçãs do rosto proeminentes, barba, caninos bem desenvolvidos, cabelos e olhos escuros. Além disso, trazia consigo uma mochila nas costas e um volume na cintura. A guarnição prosseguiu com a abordagem, todavia nada de irregular haviam encontrado. O comandante da guarnição como de praxe, faz algumas perguntas ao jovem que responde gentilmente. Qual o seu nome? Ele responde: Qually dos Santo Silva. Você é de onde? Disse ele que morava no Rio de Janeiro, mas já faz alguns meses que mora no Parazinho. Você tá vindo de onde? Estou vindo do trabalho, sou catador de castanha do Pará. Qual o nome de seu pai? Ele responde: José da Silva. Nome da mãe? O jovem fica pensativo, e demora a responder ao policial que já enfurecido pergunta. Qual o nome de sua mãe, rapaz? Ele timidamente responde: Delícia, senhor. Como é, rapaz? Você me respeite sou autoridade, posso lhe levar preso. Ele responde novamente. É “delícia” senhor, “Delícia”. Não satisfeito com a resposta do rapaz, o comandante da guarnição olha a certidão de nascimento dele, e observa que o rapaz falava a verdade, mas pra surpresa maior de todos; a vó materna do rapaz se chamava “Doriana” e seu avô Claybom. A vizinhança, já acordada com o barulho da abordagem, sai na rua, e de repente uma moça se aproxima em lágrimas, perguntando o que havia acontecido com o irmão dela. O comandante da guarnição responde; apenas uma abordagem de rotina. Sim, mas você é o que do rapaz? Ela responde: sou irmã dele. Pois bem, Qually já está liberado podem ir. Sim, mas como é o nome da senhorita mesmo, pra eu colocar na ocorrência, ela timidamente responde: Becel dos Santos Silva.


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