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ELE ESTÁ NO MEIO DE NOS, ROMANCE
Novo livro de Silas Correa Leite
silas C. Leite

Resumo:
O Livro ELE ESTÁ NO MEIO DE NÓS, romance místico do autor, compreende uma trilogia, sendo que esta obra é a segunda do ciclo, já que a primeira ainda segue inédita. A saga diz da vida de um empresário rico e famoso na sociedade paulistana, que um dia, de alguma estranha maneira inusitadamente tocado tem uma visão, e, a partir disso sente que precisa fazer uma mudança radical, para que sua alma carente respire luz, num mundo de falsidade, corrupção e de ganância. Então larga tudo, doa o que conseguiu de forma pouco idônea, e, seguindo os evangelhos que diz que para sermos salvos devemos dar tudo aos pobres e seguir a Deus, faz isso e vai morar na rua com os fracos e oprimidos, e buscar a salvação. O autor segue a trilha do personagem numa cidade entregue as moscas de carteis e propinas, e o romance toma sentido ao narrar o que sofre alguém que renega as tais riquezas injustas dos Evangelhos para se sentir espiritualmente iluminado. Ler para crer. O autor Silas Corrêa Leite, escritor premiado em verso e prosa, constando em mais de cem antologias literárias, ganhador de prêmios de renome, até no exterior, colabora em mais de 800 sites, até internacionais, aqui, num novo livro diferenciado, depois do sucesso de “Tibete, De quando você não quiser mais ser gente, romance, Editora Jaguatirica, RJ”, segue o mesmo estado de espírito e numa literatura diferenciada narra, ao seu modo peculiar, uma história que de pano de fundo tem o início de um novo ciclo, com o mundo conturbado como até então. Ganhador de prêmios em universidades, colaborando como sites como Pravda (Rússia), Liberarti (Itália), InComunidade, Portugal, entre outros, foi elogiado por Moacyr Scliar, Carlos Nejar e Ledo Ivo da ABL-Academia Brasileira de Letras. Aqui, segue a máxima de Rimbaud, um escritor dando testemunho de seu tempo de muito ouro e pouco pão. E-mail: poesilas@terra.com.br

LETRAS
                    ‘Ele está no meio de nós’: um romance místico de Silas Corrêa Leite
                                                                                                   Adelto Gonçalves (*)
                                                            I
Depois de lançar, ao final de 2017, Tibete: de quando você não quiser mais ser gente (Rio de Janeiro, Editora Jaguatirica), o mais recente exemplo de um bildungsroman (romance de formação) na Literatura Brasileira, Silas Corrêa Leite (1952) retorna à cena literária com Ele está no meio de nós (Curitiba, Kotter Editorial, 2018), que pode ser definido como um romance místico, religioso ou ecumênico. Tendo sido iniciada em 1998, a obra foi concluída em 2015 e é a primeira de uma anunciada trilogia. É de se destacar que, nos últimos tempos, o romancista lançou também Goto, a lenda do reino encantado d o barqueiro n oturno do Rio Itararé (Florianópolis: Clube de Autores Editora, 2013), romance pós-moderno, considerado a melhor obra do escritor, e Gute-Gute, barriga experimental de repertório (Rio de Janeiro: Editora Autografia, 2015).
A exemplo daqueles três romances que foram recebidos com boas críticas, Ele está no meio de nós não foge à regra, preservando o estilo anárquico e demolidor do seu autor. Desta vez, porém, Silas Corrêa Leite entra num campo místico, às vezes, e evangélico, outras vezes, narrando a história de um cidadão da mítica cidade de Itararé, localizada na divisa entre os Estados de São Paulo e Paraná, que ficou para a história como local de um episódio pitoresco da chamada Revolução de 1930, quando Getúlio Vargas (1882-1954) partiu de trem de Porto Alegre rumo ao Rio de Janeiro, ent ão a c apital federal, para empolgar o poder político, num golpe de estado típico em que a nascente elite industrial derrotou a decadente elite cafeicultora representada pelo presidente Washington Luís (1869-1957) e alguns velhos oligarcas de São Paulo e Minas Gerais. Não por acaso, Itararé é também a cidade natal do autor.
                                               II
O romance narra as vicissitudes vividas por um cidadão pobre, renegado pelo pai empresário rico da cidade de origem, que, depois de décadas de muito trabalho e estudos na cidade de São Paulo, conseguiu subir na vida, tornando-se um new rich da chamada alta sociedade paulistana. Apesar disso, Paulo de Tarso Trigueiro, o filho renegado, conseguiu seguir os passos tortuosos do pai e enriquecer, em meio a negócios nem sempre lícitos. Mas, um dia, o então chamado doutor Paulo de Tarso, ao sair de um luxuoso jantar numa zona nobre da capital paulista, teve uma visão que o fez descobrir que de pouco vale ajuntar tesouros na Terra.
Ao contemplar do alto de um prédio os periféricos cantões miseráveis da cidade, o empresário recuperou a sensibilidade sublimada com muito dinheiro acumulado de forma não necessariamente legal. E viu a situação de degradação a que muitos foram relegados para que corruptos pudessem usufruir a riqueza, através de negócios escusos, geralmente envolvendo recursos públicos, desviados para bancos estrangeiros.
É o que se pode constatar neste trecho de uma carta deixada pelo rico empresário a um filho: “Nasci pobre filho bastardo de pai rico que ignorou minha própria existência, lutei muito, trabalhei feito um espeloteado, passei fome, vi minha mãe morrer com o pouco que eu lhe pudera dar, no entanto, vim para Sampa e aqui carreguei meu fardo, combati o meu combate, fiquei rico, casei bem, tive filhos maravilhosos, tinha status, dinheiro, poder, força, a influência política, no entanto, NUNCA FUI FELIZ” (p. 116).
Ferido na alma, a personagem de Silas Corrêa Leite decide tomar uma decisão radical na vida, disposto a largar tudo e doar o muito que tem aos fracos e oprimidos, atendendo a uma máxima que Cristo preconizou nos Evangelhos, indo morar nas ruas com os fracos e oprimidos, para assim tentar encontrar Deus e ser salvo. Refugou a esposa, preparou os papéis legais para a nova vida, deixando a empresa para os filhos e a herança para quem de direito, doando parte de sua fortuna a casas de caridade. Como se tivesse sido tomado por um arrebatamento no caminho de Damasco, o doutor Paulo viraria o irmão Saulo ou o beato Saulo, indo morar nas ruas com os humilhados e ofendidos, como forma de encontrar Deus.
                                               III
Na periferia e nos escombros da grande cidade de São Paulo, conhece também o mundo do crime, o mundo-cão. “Também, ali num ermo subterrâneo fétido, úmido e cheio de ratos de um canto na Avenida Paulista com a Estação Paraíso do Metrô, havia um Banco de Sangue que supria – à custa de doadores forçados (principalmente as instruídas vítimas do rol dos miseráveis) – os bancos paulistas, brasileiros e mesmo latino-americanos, pertencentes à chamada iniciativa privada. (...) Quando alguém morria por seguidas doações – eles estimulavam quimicamente – eram simplesmente desossados e os ossos vend idos como se de animais para fábricas de goma arábica, ou exportados” (p. 128).
Adaptado à nova (e sofrida) vida, escreveria mais tarde a um dos filhos: “Não tenho que ouvir discursos pomposos, chatos, cheios de falsidade. Não tenho que apertar a mão de um ladrão e chamá-lo de “colega” quando são espertos e não experts, mesmo sabendo do superfaturamento de obras, de obras públicas inúteis, de quadrilhas de doutores, bacharéis, liberais e “autoridades” constituídas” (p. 118).
Por depoimento do autor ao final do livro, o leitor vai descobrir também que a história deste Paulo de Tarso moderno seria verídica, tendo o autor muito ouvido falar dele em sua Itararé natal e, depois, procurado parentes da personagem, que confirmariam muito do que ouvira, embora muitos tivessem preferido não se identificar, bem como mendigos recuperados que teriam assegurado a veracidade de muitos fatos.
Além disso, teria localizado em Itararé os cadernos de rascunhos, que reproduz no livro. “Não inventei nada, nem enfoque ideológico ou religioso. Apenas formatei um relato do que de inteiro e crível entendi”, garante o autor. Cabe agora ao leitor conhecer e avaliar este livro que constitui um testemunho de esperança e fé na espécie humana, apesar de tudo.
                                               IV
            Silas Corrêa Leite é poeta, romancista, letrista, professor, desenhista, jornalista, resenhista, ensaísta, conselheiro diplomado em Direitos Humanos e membro da União Brasileira de Escritores (UBE), além de blogueiro e ciberpoeta. É formado em Direito e Geografia, além de ter cursado extensões e pós-graduações nas áreas de Educação, Filosofia, Inteligência Emocional, Jornalismo Comunitário e Literatura na Comunicação. Tem mais de 20 livros publicados, entre os quais Porta-Lapsos (poemas) e Campo de Trigo Com Corvos (contos). É autor ainda do prime iro livro interativo da Internet, o e-book O rinoceronte de Clarice. Foi finalista do Prêmio Telecom, Portugal.
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Ele está no meio de nós, de Silas Corrêa Leite. Curitiba: Kotter Editorial (Sendas Edições), 208 páginas, 2018. E-mail da editora: contato@kotter.com.br E-mail do autor: poesilas@terra.com.br
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(*) Adelto Gonçalves é doutor em Letras na área de Literatura Portuguesa pela Universidade de São Paulo e autor de Gonzaga, um Poeta do Iluminismo (Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1999), Barcelona Brasileira (Lisboa, Nova Arrancada, 1999; São Paulo, Publisher Brasil, 2002), Bocage – o Perfil Perdido (Lisboa, Caminho, 2003), Tomás Antônio Gonzaga (Imprensa Oficial do Estado de São Paulo/Academia Brasileira de Letras, 2012), Direito e Justiça em Terras d´El-Rei na São Paulo Colonial (Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2015) e Os Vira-latas da Madrugada (Rio de Janeiro, Livraria José Ol ympio Editora, 1981; Taubaté-SP, Letra Selvagem, 2015), entre ou tros. E-mail: marilizadelto@uol.com.br
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Biografia:
O Poeta e Ficcionista premiado Silas Corrêa Leite tem 53 anos, é de 19/08/52, da histórica e boêmia aldeia de Itararé-São Paulo, Brasil, terra de celebridades artísticas nacionais como o Maestro Gaya, Luiz Solda, Rogéria Holtz, Irmãs Pagãs, Carlos Casagrande, Regina Tatit, Jorge Chuéri, Luiz Barco, verdadeiro celeiro de artistas, portanto. Em Itararé foi bóia-fria, engraxate, vendedor de dolés de groselha preta, garçom, vendedor de jornais. Família pobre, seu pai descendente de judeu-português era acendedor de lampiões de gás e sua mãe mestiça de negro com índio. Com 16 anos ele escrevia pros jornais de Itararé (hoje é autor do Hino ao Itarareense), tinha programa na Rádio Clube de Itararé e, nos shows pratas da casa, imitava ídolos da Jovem Guarda. Por causa de uma paixão impossível, sem lenço e sem documentos em 1970 com apenas a quarta-série do primário migrou para Sampa. Sem dinheiro no bolso/Sem parentes importantes/Vindo do interior, como na balada do Belchior. Morou em pensões e repúblicas, passou fome, voltou a estudar, fez Direito, ganhou ficha nos podres porões da ditadura militar incompetente e corrupta. Sempre escrevendo, começou a participar de concursos e a ser premiado em verso e prosa, até no exterior. Ganhou alguns prêmios, (Prêmio Ignácio Loyola Brandão de Contos, Prêmio Paulo Leminski de Contos, Prêmio Mário de Andrade de Poesia, Prêmio Mário Quintana de Crônicas, Prêmio Ficção Científica e Fantástico em Portugal, Prêmio Salão Nacional de Causos de Pescadores (USP-SP), Prêmio Lígia Fagundes Telles Para Professor Escritor, etc.) Consta em dezenas de antologias literárias em verso e prosa até internacionais. Lançou um e-book (livro virtual) chamado O RINOCERONTE DE CLARICE com 11 contos fantásticos, cada ficção com três finais cada, um final feliz, um final de tragédia e um politicamente que foi um sucesso no site www.hotbook.com.br/int01scl.htm e destaque na mídia, inclusive televisa (Metrópolis, TV Band., Rede 21, Provocações). A obra, pioneira, de vanguarda e única no gênero, foi indicada como leitura obrigatória na matéria Linguagem Virtual, no Mestrado de Ciência da Linguagem da Universidade do Sul de Santa Catarina. Faz palestras e congressos, adora mais estudar e ler do que de existir (fez também Geografia, é especialista em Educação, fez várias extensões inclusive em Filosofia Para Crianças, Literatura na Comunicação, Direitos Humanos na USP, etc.) colabora atualmente com mais de 300 sites, inclusive no exterior e em países de língua espanhola. Tem três livros: Trilhas & Iluminuras, Poemas, 2000, Porta-Lapsos, Poemas 2005, e em 2006 lançará Os Picaretas do Brasil Real (Série Cantigas do Escárnio e Maldizer), estando com um livro de ficções premiadas para ser avaliado pela Travessa dos Editores de Curitiba-Pr. Antimilitarista, pela não violência, acredita na arte como libertação, como Manuel Bandeira. É considerado um humanista de resultados, sendo professor, jornalista comunitário e relator de uma ONG de Direitos Sociais. Seu site é: www.itarare.com.br;/silas.htm Sua poesia de apresentação é: Ser poeta é a minha maneira De chorar escondido Nessa existência estrangeira Que me tenho havido E-mail para contatos: poesilas@terra.com.br
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