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Kell Smith, a meia-idade e a juventude
Alice Silva

"É que a gente quer crescer, e quando cresce quer voltar do início"
Depois de muito ouvir essa música da cantora Kell Smith, cujo tom saudosista permeia toda letra e melodia, a impressão que me restou foi a capacidade do verso escrito acima representar a crise da meia idade.
Após viver o suficiente, estar triplamente cansados, após uma vida estável ser conquistada, o espelho passa a lembrar um tempo perdido, onde a crença na vida como trabalho, como conquista de espaços e sonhos de mudar o mundo e por consequência ânsia de atingir a maioridade e abandonar a casa paterna eram desejos urgentes, e a não realização disso era uma humilhação psicológica, familiar, social e moral.
Agora, após a conquista do próprio espaço e o mundo ter sido mudado; sendo este, o próprio mundo, pois mudar a sociedade inteira é impossível, somente com muito poder, a descoberta de que o lugar onde se está agora, o mundo pessoal e individualmente construído, não é o pódio esperado, acaba sendo feita.
Como resultado, vem o desejo voltar no tempo, cultuando fotografias e músicas antigas, bem como à juventude outrora possuida, e à infância onde nada era preocupante.
Nada é tão contrastante, jovens e crianças freneticamente se adultizam, adultos se infantilizam, tentando agarrar-se as lembranças e sentimentos do passado, tentando repeti-los de algum modo.
Contudo, é possível ver que até isso tem mudado, pelo menos na juventude atual, das últimas duas gerações, de modo que esta não quer mais nada, não sonha mais nada, e quando sonha, seus sonhos são curtos, de imediata satisfação, pois ela não consegue ver-se daqui a dez anos. Seus planos e objetivos são de curta duração, e sobretudo, de liquida consistência.
Tênis de marca, passar de ano, comprar um short, um tablet, um smartphone, perder a virgindade, juntar com o namorado, ir aquela festa, etc..
Na dúvida pergunte-se aos professores, pois frequentemente eles perguntaam a crianças e adolescentes na escola o que eles querem ser quando crescer, que faculdade pretendem cursar, e em que pretendem trabalhar?"


Biografia:
Alice Silva, 21 anos, cantar, ler e escrever, são como respirar.
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