Login
E-mail
Senha
|Esqueceu a senha?|

  Editora


www.komedi.com.br
tel.:(19)3234.4864
 
  Texto selecionado
Kell Smith, a meia-idade e a juventude
Alice Silva

"É que a gente quer crescer, e quando cresce quer voltar do início"
Depois de muito ouvir essa música da cantora Kell Smith, cujo tom saudosista permeia toda letra e melodia, a impressão que me restou foi a capacidade do verso escrito acima representar a crise da meia idade.
Após viver o suficiente, estar triplamente cansados, após uma vida estável ser conquistada, o espelho passa a lembrar um tempo perdido, onde a crença na vida como trabalho, como conquista de espaços e sonhos de mudar o mundo e por consequência ânsia de atingir a maioridade e abandonar a casa paterna eram desejos urgentes, e a não realização disso era uma humilhação psicológica, familiar, social e moral.
Agora, após a conquista do próprio espaço e o mundo ter sido mudado; sendo este, o próprio mundo, pois mudar a sociedade inteira é impossível, somente com muito poder, a descoberta de que o lugar onde se está agora, o mundo pessoal e individualmente construído, não é o pódio esperado, acaba sendo feita.
Como resultado, vem o desejo voltar no tempo, cultuando fotografias e músicas antigas, bem como à juventude outrora possuida, e à infância onde nada era preocupante.
Nada é tão contrastante, jovens e crianças freneticamente se adultizam, adultos se infantilizam, tentando agarrar-se as lembranças e sentimentos do passado, tentando repeti-los de algum modo.
Contudo, é possível ver que até isso tem mudado, pelo menos na juventude atual, das últimas duas gerações, de modo que esta não quer mais nada, não sonha mais nada, e quando sonha, seus sonhos são curtos, de imediata satisfação, pois ela não consegue ver-se daqui a dez anos. Seus planos e objetivos são de curta duração, e sobretudo, de liquida consistência.
Tênis de marca, passar de ano, comprar um short, um tablet, um smartphone, perder a virgindade, juntar com o namorado, ir aquela festa, etc..
Na dúvida pergunte-se aos professores, pois frequentemente eles perguntaam a crianças e adolescentes na escola o que eles querem ser quando crescer, que faculdade pretendem cursar, e em que pretendem trabalhar?"


Biografia:
Alice Silva, 21 anos, cantar, ler e escrever, são como respirar.
Número de vezes que este texto foi lido: 59434


Outros títulos do mesmo autor

Poesias Possibilidade Alice Silva
Poesias Altar interno Alice Silva
Poesias Gato decepcionado Alice Silva
Poesias A inveja do sol Alice Silva
Poesias A catedral de Alceu não tem mais Valença Alice Silva
Poesias Para não perder o costume Alice Silva
Poesias Levando o burro Alice Silva
Poesias Cadê você, Constância? Alice Silva
Poesias morte eterna Alice Silva
Poesias Bêbados Alice Silva

Páginas: Primeira Anterior Próxima Última

Publicações de número 21 até 30 de um total de 66.


escrita@komedi.com.br © 2025
 
  Textos mais lidos
441 anos de Sepetiba – Comemorar e lembrar para evoluir? - Bianca de Moura Wild 60272 Visitas
Naquela Rua - Graça Queiroz 60254 Visitas
"Caminantes" - CRISTIANE GRANDO 60232 Visitas
Jazz (ou Música e Tomates) - Sérgio Vale 60215 Visitas
Vida Amarrada II - Lenda Dupiniquim - J. Miguel 60215 Visitas
Criação - valmir viana 60208 Visitas
PÃO, CIRCO E AMOR - Lailton Araújo 60202 Visitas
RESENHAS JORNAL 2 - paulo ricardo azmbuja fogaça 60142 Visitas
O Desafio do Brincar na Atualidade - Daiane schmitt 60141 Visitas
Fazendo bolo - Ana Mello 60125 Visitas

Páginas: Primeira Anterior Próxima Última