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ANFÍBIOS
manoel serrão da silveira lacerda

Lá 'stão nas intolerâncias das tolerâncias que me condenam;
Lá 'stão nas finitudes dos meus infinitos que se dês-combinam;
Lá 'stão nas entrelinhas, sem começos, meios, e, nem fins;
Lá 'stão nos meus estados que se repetem: o retorno sem cessar.

Oh! O utente, Homem da rua perdido...
Eu hoje sou o Nada. Nada sou, nada sou!
Nem mesmo a vergonha mais vil do homem.
Nem mesmo quando sou "Sol" – apenas Um -: sou [O] Tudo;
Nem mesmo quando sou "Pó" – apenas Todo -: sou Um.

E, eis-me, que nessa odisseia sem igual do Não-ser.
Quando diante da Vida e da Morte, for vã toda a paisagem estendida...
Ora quão restolho pelo vento arrastado;
Ora quão insecto pelo tempo devorado.
E quando o Nada estiver acima de tudo,
Inda que arda-me a força feroz do punho.
E soluços revirarem-me à dor na garganta,
E tudo for apenas o quê do Mundo restou?

Lá fora 'starão o entardecer da vida por Sorte sorrindo-me,
Ou o choro gemido dentro da Morte, nada temer, além de mim...
Nem dos homens, nem dos deuses, nem da terra frouxa à espreita por Nós!



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