corre bravo
na ira
dos desmedidos,
sem mecha,
sem parvo-
pavio,
que arde,
faz até saudade
na ausência
dos malas-prontas,
que se foram
feridos.
segue douta
de asas,
a senhora
de dois
homens,
duas portas,
duas camas
e um amor
de lascas.
segue louca,
a senhora
dos farreiros.
e avante
vento
bravio,
de sete
costados
avassala este
corpo lento
que, hoje no brejo,
já foi seu.
mulher afoita,
doita de
carne,
tem prazer
em tudo,
até no azar,
de sua pura
solidão.
tem dez,
metade de um,
pobre mulher
de ninguém,
sem nenhum.
mulher dos farreiros,
vestida de brincos
para, em todos,
morrer ferina !
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