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CLOSEDFECHADO 7 TERROR
DE PAULO FOG E IONE AZ
paulo azambuja

Resumo:
BOM

9

     Ali ainda em choque, Mirella toma em goles lentos um chá preparo de Teresa.



      " UM NOVATO SEMPRE TEM DE SER INOCENTE, SERIA CERTO JA SABER DE ALGO NOS PRIMEIROS DIAS? "
    
    - Esta bom?
    - Sim.
    - Quer falar algo?
    - Por que eu...
    - Olhe eu estou nisso há tempos, juro, nunca vi uma coleta deste tipo.
    - Quer dizer que sou fruto de uma coleta?
    - Em poucas palavras, sim.
    - Minha cabeça dói.
    A mulher sente forte dor de cabeça, aos poucos vai deitando a cabeça no colo de Aguiar, Teresa observa aquilo e sai, logo retornando com um pacote de cor magenta.
    - O que é isso?
    - O uniforme dela.
    - Vai ser fácil assim?
    - Acredite, este chá faz milagres.
    - Estou pasmo.
    - Não consigo acreditar que todo tempo que esta na associação não tenha visto ou participado de uma coleta.
    - Celma realizou algumas para outros postos, mais eu nunca participei.
    - Entendo, movimentos extremos.
    - O que é isso?
    - Uma espécie de código da associação.
    - Posso lhe perguntar algo?
    - Sim.
    - Sobre Sabrina.
    - Aconteça o que for, mantenha distância dela.
    - Por quê?
    - Ela não faz e não tem colegas.
    - Sempre foi solitária?
    - Pelo que sei, ouvi várias histórias sobre ela, uma coisa tenho como quase verdade.
    - O que?
    - Ela é indestrutível.
    - Como assim?
    - Ela teve uma espécie de contrato com o chefe.
    - Qual chefe?
    - Um dos...
    - Há vários?
    - Sim.
    Teresa pega a xícara e sai dali deixando Aguiar que recolhe Mirella a levando para o quarto onde a deita, ao lado na cadeira, o uniforme dela.
    - Bons sonhos. Ele fecha a porta e ali ao fim do corredor, Sabrina em vestido preto com fitas vermelhas.
    - Há quanto tempo esta aqui?
    - Não sei, mais vamos ao que realmente te interessa.
    - Como?
    - Quer saber sobre mim?
    - Quer falar.
    - Talvez.   Aguiar caminha até a porta indo parar no terraço de ervas, pois há vários vasos com ervas medicinais ali.
    - Agora sim, se quiser falar.                                                                                    
    - Tudo bem.
    Sabrina sobe na mureta, traz em uma mão a haste em formato pequeno, Aguiar olha para a ferramenta dela e abre um sorriso discreto.
    - Sou orfã, não conheci meus pais, servi desde cedo a diversos grupos militares até se tornar uma matadora invencível.
    - E depois?
    - Bem, daí eu fui para diversos países e conheci quase, senão todas as culturas conhecidas ou não.
    - Até que...
    - Não tenho lembranças exatas disso, só que numa noite após horas bebendo com uma turma do mar, sai do lugar e andei por um trecho ás escuras até uma cabana que eu determinei para mim de casa.
    - Nossa.
    - Quando acordei já estava na cúpula diante aos elevados dali.
    - Você não consegue se lembrar o que aconteceu na cabana?
    - Não.
    - Isso já faz?
    - Tanto tempo quanto a areia deste vaso ou mais.
    - Obrigado.
    - Pelo quê?
    - Por me confiar um trecho de sua história.
    - Sabe, ás vezes necessitamos de testemunha.
    - Ainda quer sangue?
    - Nós executores sempre queremos.
    - Deve ser horrível.
    - O quê?
    - Nunca poder acordar, nunca mais.
    Ouve-se um barulho, Teresa vem ali com um prato de sopa e outro com fatias de torradas.
    - Para você.
    - Obrigado.
    - Estava sozinho?
    - Sim.
    - É impressionante.
    - O quê?
    - O poder que ela tem entre os gerentes.
    Aguiar faz não ouvir e inicia a degustação da sopa.

    Sabrina a sentar numa pedra olha para o correr da água de um córrego.
    - O que foi, viste um fantasma?
    - Não há fantasmas, não para nós.
    - Vai, quer falar sobre...
    - Pode ir Fausto, conheço-te bem.
    - O que foi, agora perdeu sua confiança em mim?
    - Quem é louco em confiar em um Fausto.
    - Pode ser, porém sei de muitas coisas, você bem sabe disso.
    - Sei, também sei que isso lhe faz cambiar tudo ao seu redor, a seu bel prazer.
    - Quer um sanduba?
    - Vai, dê logo.
    - Claro que em troca de algo.
    - O quê?
    - Uma história.
    - Pode ser aquele em que te mato e depois lhe devoro?
    - Tome seu sanduiche, malvada.
    Sabrina ri para ele que desaparece na noite.
    Terminado o sanduiche, ela se limpa jogando as migalhas as águas.
    - Ja esta pronta para o trabalho?
    - Sempre estou.
    Alguém a ajuda se levantar dali e os dois seguem para uma mata.
    Teresa prepara um chá e asperge o liquido pelas janelas e portas.
    - Por que disso?
    - Proteção, simples mais eficaz.


    Teresa chega do mercado, Aguiar ali a lavar o banheiro do salão.
    - Cadê a Mirella?
    - Deve estar cuidando da sua coleção.
    - De novo?
    - Com certeza. Teresa segue pelo corredor, abre a porta do quarto da moça e nada.
    Continua a andar até parar frente a porta do depósito de produtos de limpeza, ali ao abrir a porta, Mirella a lustrar os vidros com olhos e pedaços de corpos em coservação em álcool.
    - Minha nossa, você ama estes brinquedos?
    - Bem mais do que isso, para mim eles significam renascimento.
    O bar ali aberto, entram 3 homens em roupas de serviço braçal.
    - Pois não senhores.
    - Traga 3 doses de branquinha e 1 cerveja.
    - Pra já. Aguiar rapidamente entra no nível línguistico deles.
    Já estão na quarta cerveja quando Teresa surge com Mirella, em trajes noturnos, vestido longo, decote um tanto generoso e uma make um tanto marcante.
    - Nossa que belezura é essa.
    - Boa noite senhores.
    - Melhor agora, princesas.
    - Sou Mirella e ela é Teresa.
    - Lindas companhias por favor sentem com a gente.
    - Sim.
    - Sou Francisco, Pedro e outro ali é Arlindo.
    - Prazer, vocês são novos aqui na cidade?
    - Na verdade somos contratados de uma empresa, estamos mais ou menos 1 mês, somos de outra cidade.
    - Legal.
    - Em que estão trabalhando?
    - Numa construção de uma creche, sabe as crianças daqui precisam de uma urgente.
    - Louvável o trabalho.
    - Obrigado.
    Mirella olha para Teresa que senta ali com eles e pede 2si doses, logo estão a papear sobre suas vidas e seus desejos.
    Aguiar traz já a oitava cerveja e mais 5 doses.
    - As garotas gostam mesmo de beber.
    - Sempre. Mirella brilha os olhos quando se trata de bebidas o que faz os homens atiçarem o desejo de ver até onde ela pode ir.
    Já Teresa tem um método mais brando, bebendo pouco e falando demasiadamente, deixando sempre o ambiente alegre com seus risos.
    Francisco pede licença aos outros e segue para o sanitário, Mirella tenta ir porém Pedro a convence a ficar com eles ali.
    - Aquele sem vergonha do Francisco vai dar seu golpe.
    - Que golpe?
    - Ele tem dessas, sempre que esta perto de pagar, corre para o banheiro.
    - Vou lá ver. Diz Arlindo que segue para o banheiro, Teresa acompanha com os olhos, Aguiar enxuga os copos e entende o sinal seguindo para o sanitário, logo ouve-se um barulho, gritos e mais barulho.
    Todos vão para o banheiro, ali estão Francisco e Arlindo brigando pelo que de inicio seria a conta e depois se tornou uma mulher que Arlindo lhe roubara um beijo.
    - Seu canalha.
    - Não tenho culpa se fora lento.
    Ali eles cravam nova briga, com socos e chutes até Pedro tirar do cinto um revólver e dar 2 tiros, porém ele não sabia que todo o local era feito para a morte, sem excessões, os tiros foram feitos ao alto mais acabaram por alvejar Arlindo e Francisco.
    - O que é isso, o que eu fiz? O desespero seguido de remorso faz Pedro tomar a triste decisão de atirar em si, morrendo ali com os amigos.
    - Droga, perdeu-se o clima, o pior aconteceu.
    - E agora?
    - Vou trazer os filhotes.
    - Vai ser aqui mesmo?
    - Melhor, Aguiar ja pode descansar, eu e Mirella cuidamos daqui e do resto.
    - Tá bom.    Aguiar sai dali indo para o salão onde já lavara so copos e outros utensílios, apaga a luz e segue para seu quarto, ao passar pelo terraço vê ali sentados, Sabrina e um homem.
    - Olá Aguiar.
    - Ainda esta por aqui?
    - Só preciso falar com Teresa, mais espero ela terminar o serviço.
    - Tudo bem.
    - Vejo que esta de bom humor?
    - É, não é sempre que me deixam livre de limpeza pesada.
    - Parabéns.
    - Obrigado.
    - Que tal irmos beber, nós três?
    - Agora?
    - Sim, por que não?
    - Tá, bem, vamos.
    - Sabe Aguiar, eu verdadeiramente gosto de ti. Os 3 desaparecem ali.

    24102018.................................
    


Biografia:
gosto de escrever
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