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Ser fraco é ser forte!
Patrícia

“O profeta Elias era um ser humano como nós. Ele orou com fervor para que não chovesse, e durante três anos e meio não choveu sobre a terra.” Tiago 5.17

Elias é exemplo de fé na Nova Aliança. Suas orações estão registradas na Bíblia e sempre lembradas, porque foram respondidas. Seja enfrentando o rei Acabe ou os falsos profetas, a fé de Elias no Deus Verdadeiro, que ouve e responde orações quando feitas por quem deseja glorificá-Lo, serve de ensino. Ao se apresentar diante do rei, conforme lemos em 1 Reis 17.1: “Um profeta chamado Elias, de Tisbe, na região de Gileade, disse ao rei Acabe: — Em nome do Senhor, o Deus vivo de Israel, de quem sou servo, digo ao senhor que não vai cair orvalho nem chuva durante os próximos anos, até que eu diga para cair orvalho e chuva de novo.” Assim aconteceu. A maldade de Acabe, rei de Israel, era grande. Junto de sua esposa Jezabel praticavam a idolatria de modo intenso, desprezando o único Deus Verdadeiro e desviando o povo de Israel dos mandamentos antigos.
E no terceiro ano de seca, em 1 Reis 18.1, lemos: “Algum tempo depois, no terceiro ano da seca, o Senhor Deus disse a Elias: — Vá apresentar-se ao rei Acabe, pois Eu vou mandar chover.”
Elias creu na palavra e foi apresentar-se novamente ao rei. Não apenas levou a mensagem divina, como também propôs um desafio, conforme o verso 19: “Portanto, ordene agora a todo o povo de Israel que vá encontrar-se comigo no monte Carmelo. Mande também os quatrocentos e cinquenta profetas do deus Baal e os quatrocentos profetas da deusa Aserá que são sustentados pela rainha Jezabel.” Após a reunião no monte Carmelo, Elias discursou, como lemos nos versos 23 e 24: “Então Elias disse: — De todos os profetas de Deus, o Senhor, eu fui o único que sobrou, mas os profetas de Baal são quatrocentos e cinquenta. Agora tragam dois touros. Que os profetas de Baal matem um deles, cortem em pedaços e ponham em cima da lenha, mas não ponham fogo! Eu farei a mesma coisa com o outro touro. E aí os profetas de Baal vão orar ao seu deus, e eu orarei ao Senhor. O deus que responder mandando fogo, este é que é Deus. E todo o povo respondeu: — Está bem assim!” Após a atuação dos profetas de Baal e o fracasso na manifestação de seu falso deus, chegou a vez de Elias. Em 1 Reis 18.36-38 está registrado: “Quando chegou a hora do sacrifício da tarde, o profeta Elias chegou perto do altar e orou assim: — Ó Senhor, Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó! Prova agora que és o Deus de Israel, e que eu sou teu servo, e que fiz tudo isto de acordo com a tua ordem. Responde-me, ó Senhor, responde-me, para que este povo saiba que tu, o Senhor, és Deus e estás trazendo este povo de volta para ti! Então o Senhor mandou fogo. E o fogo queimou o sacrifício, a lenha, as pedras, a terra e ainda secou a água que estava na valeta.”
A pequena oração de Elias foi respondida. Como disse o apóstolo Tiago em sua epístola, um ser humano como nós, comum, com fraquezas e falhas, orou e foi respondido. Elias orou com fé a fim de que o Deus Verdadeiro fosse reconhecido e glorificado. Esse é o segredo: a grandeza não estava nele e ele sabia muito bem.
Escrevendo para a igreja de Corinto o apóstolo Paulo registrou suas aflições. Um espinho na carne lhe foi dado, para que não fosse dominado pela soberba. Pedindo ao Senhor que lhe fosse retirado o sofrimento, escreveu em 2 Conríntios 12.9,10: “Mas Ele me respondeu: ‘A minha graça é tudo o que você precisa, pois o meu poder é mais forte quando você está fraco.’ Portanto, eu me sinto muito feliz em me gabar das minhas fraquezas, para que assim a proteção do poder de Cristo esteja comigo. Eu me alegro também com as fraquezas, os insultos, os sofrimentos, as perseguições e as dificuldades pelos quais passo por causa de Cristo. Porque, quando perco toda a minha força, então tenho a força de Cristo em mim.”
A Bíblia mostra Elias e Paulo como exemplos de homens de fé, que não se deixaram dominar pela fraqueza humana. Elias orava com fé, sabendo da resposta, pois sabia que seria ouvido. Ele não pensava em si, não focava em suas falhas, mas em Deus. O apóstolo Paulo perseverava em firmar as igrejas primitivas, tendo em vista o alvo: Jesus Cristo. Em 1 Coríntios 4.34, Paulo deixou escrito: “Mas para mim não tem a menor importância ser julgado por vocês ou por um tribunal humano. Eu não julgo nem a mim mesmo. A minha consciência está limpa, mas isso não prova que sou, de fato, inocente. Quem me julga é o Senhor.”. Mesmo quando cometia erros, Paulo não deixava que isso interferisse em sua identidade cristã. O que pensamos ou sentimos a nosso respeito não é verdade suprema. A verdade sobre nós é o que Deus nos deixou escrito em Sua Palavra. Ele sabe que somos fracos e isso é muito bom para nós! É nessa fraqueza que Ele se faz forte e somos fortes Nele.


Biografia:
Sou cristã, escritora e curitibana. Formada em Letras, com diversos cursos teológicos. Vamos trocar ideias e aproveitar as palavras para expressar as maravilhas da vida.
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