Vagando à noite nas ruas do Centro
Eu sinto-me só e seco por dentro
Astros no Céu... No chão, olhos de um rato.
Piso no concreto vendo o abstrato!
Percorro os tortos caminhos delgados
Cruzo sem dó com muitos flagelados
Cismo em buscar tua presença ausente.
Piso no passado vendo o presente.
E no silêncio frio, entorpecente,
Percebo a realidade iminente:
Raios de luz brincando docemente.
Mergulho em uma ruela afluente
E, movido por um badalo envolvente,
Vislumbro a Candelária. Sol nascente!
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