Por você roubei o céu
e suas estrelas pus num saco,
dos urso roubei o mel,
de um índio seu arco,
desmontei o universo,
o refiz como fosse um barco
que atravessa oceanos de memórias
de deuses e nada me deixou fraco,
tornei-me deus de deuses sem deus,
num bar de esquina apanhei o taco
e fiz a tacada perfeita só para ver os teus
olhos grandes brilharem em grande alegria,
para enfeitar-te ornei-te e dei-te os meus
sentimentos a tanto aprisionados na galeria
subterrânea, e, como te disse, dei a Zeus
um ultimato, que deixasse o Olimpo naquele dia,
só por você mais faria, abandonaria os meus
versos estranhamente chamados de poesia...
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