’’ Queria ser um louco para viver na sua loucura e da insanidade confundir Freud , ter lembranças suas que a lógica na explica e viver com você o que ainda não foi pensado ’’ , é eu ainda penso nela , todos os dias , sabe a gente tinha um laço , conversas que durante anos foram diárias mas como a vida apresenta uma capacidade extraordinária para nos entristecer , ela se afastou e num deslize, num detalhe a circunstância mudou as conversas passaram a ser semanais , quinzenais , mensais e você já pressupõe o resto , bem ela encontrou outro ,isso é o amor uma competição por atenção e vínculo, inspirado por expectativas . Meus caros , a felicidade é uma equivalência entre a expectativa e a realidade , você tem que ter mente que nossas expectativas mudam , o tempo todo , um namoro ,um casamento , um instante de risos enfim ,e que não importa a dor ,o fracasso ou a tristeza infelizmente a realidade continuará a mesma .Não nego é difícil lidar , eu ainda tento entender , mais vejo que nem mesmo a minha razão encontrará uma explicação , sabe somos resultado das nossas escolhas , bem ela escolheu eu entendo mas..., uma vez eu vi num livro que a melhor maneira de esquecer um amor é transformá-lo em literatura , mas sem sombra de dúvida levo a decadência humana de Nietzsche nas minhas opiniões , com sua célebre frase ( o homem criou o ideal para negar o real ) , e vejo que o amor se existir é isso uma idealização daquilo que você via como positivo , porque a vida é uma graça e o destino é uma piada , o tempo passa e a solidão me conforta junto com as xícaras de café tomadas na praça de alimentação do shopping , observando as dores , as tristezas , os risos, os beijos , os abraços , as brigas e cada vez ao olhar as expressões humanas eu entendo que não adianta olhar a vida de uma mesa com um café do lado eu tenho que vivê-la , as lembranças me corroem junto com a ruína existencial mas o fim é apenas um novo começo e as memórias que levo são experiências que suavizarão as dores , e que as vezes para acabar com a solidão basta se levantar da mesa, dispensar o café e encarar as expressões humanas que mundo nos oferece.
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