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Texto selecionado
IGNÓBIL FARISEU |
Ivan de Oliveira Melo |
Resumo: ...eu sou ninguém... |
Sou paramentado de trapos,
Retalhos da consciência ébria
Que bebe o dia em sua nudez,
Come da noite o sonho virgem.
Vestuário dum farrapo humano,
Indigente de molambos estéreis
Que devaneia sobre o bandalho
Tétrico das madrugadas juvenis.
Sou o andrajo das esquinas sujas
Onde se vomita a exaustão torpe
Que assedia rodilhas enferrujadas
Dos curumins desnudos das favelas.
Pedaços de pano surrados do suor
Que se derrama sobre os frangalhos
Têxteis do algodão meio escolástico
E retinto por manchas de equidade.
Sou paramentado por velhos trapos
E mesmo subalterno das vestimentas,
Condiciono as velhacarias ao engodo
Dos esfregões maltrapilhos da noite.
DE Ivan de Oliveira Melo
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Biografia: Nascido em Recife, em 09/10/1953. Professor de língua portuguesa e literatura. Poeta desde adolescente. Livros publicados: SINFONIA DE AMOR; POESIA, AMOR E VIDA; REFLEXOS; SEARA DE RITMOS; SO...NETANDO.Temas mais comuns em seus versos: o amor, a natureza, o homem, o socia, o cosmos, o metafísico,
religiosidade... |
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