O ser humano não foi feito para viver só e sim para conviver, partilhar experiências. É importante estabelecer relacionamento, formar teias que o mantenha ligado, entrelaçado com outros de maneira que ele possa circular entre estes ligamentos e deles extrair segurança e se fortalecer. Não para se sentir prisioneiro, mas para que possa se sentir firme e ser impulsionado para realizações proveitosas.
São teias formadas pela família, pelos parentes, pelo vizinho, companheiros de grupo, pelo colega de trabalho, primordialmente por aqueles com quem é possível fazer trocas sinceras, que produzam sentimentos bons, que façam o indivíduo se sentir e ser melhor, abandonando pessimismo, egoísmo, orgulho, e qualquer outro sentimento que produza efeitos negativos como mágoa, raiva, ódio, vaidade ficando mais leve para alçar vôos que permitam ter o espírito livre para conquistar a paz e alegria de viver.
É mais fácil quando o indivíduo está comprometido em viver e transmitir otimismo, amor em cada dia de sua existência. Não é fácil, mas para que isto ocorra é necessário estar bem consigo mesmo, satisfeito com o eu interior, com as próprias realizações, consciente de como deseja viver, das metas que quer atingir.
Só se abre para uma vivência compartilhada e que valorize o outro aquele que tem auto-estima satisfatória, que se sabe importante, único e reconhece a importância do outro.
Este tipo de pessoa vive com generosidade, sem preocupação de estar sempre certo, de ganhar, pois o que deseja é ser justo, construir bases sólidas que tanto serve para aparar àquele que cai como para impulsionar quem deseja ir em frente com a segurança que tem conexões fortes para nelas se reabastecer, quando for necessário.
Para a existência desta teia é fundamental existir confiança, pois só mantemos laços com quem é possível confiar. Para confiar é necessário identidade, identificação, afinidade e, mais uma vez, auto-estima, pois só quem se crê confiável é capaz de confiar nos outros.
A teia é resultado de encontros, de amarras que dão sustentabilidade. É como uma rede em que todos os nós ou ligações são importantes e vão sendo feitos gradativamente, com paciência, com clareza,com desapego, com solidariedade e objetivo comum.
É resultado de como cada um quer viver: só, voltado para si mesmo, seus interesses particulares ou de forma compartilhada, reconhecendo que ninguém é perfeito, mas é único, digno de respeito e valorização.
Esta opção de vida vale para a vida familiar, como para os relacionamentos sociais e profissionais, não fosse assim não veríamos proliferar as redes de cooperação, as teias de solidariedade e tantas outras organizações sociais que se estruturam buscando uma melhor vivência em sociedade, mais solidária, mais humana.
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