“Silence is the echo of the presence of God”
Apenas o semblante do som dos pássaros em comunicação pelo céu reinava no mais pleno silêncio. Deitado na inércia de sua vibração, não coçava, não sentia as correntes picadas de insetos psicológicas em que era viciado em momentos de estagnação física.
A sinfonia do barulho do mundo, como que se remexendo internamente, fundo grave sonoro para o magistral canto dos pássaros dos quais olhava pela janela, cortavam o céu, às vezes rapidamente e de qualquer modo inconscientemente da tamanha beleza que tinham em seu viver, ali estava Deus, emergindo e ecoando pelos cantos do mundo, sem que ouvidos se atentassem a ouvir seu singular sopro sonoro.
O silencio mantinha seu espectro, segurando os pulsos, segurando densamente os olhos pra que se fechassem, a luz débil pela janela tosca e mal iluminada, céu azul claro... Silêncio, silêncio...
A noite aproximava-se pelas rebarbas do mundo, nada humano, apenas energia, pura.
Paz.
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